Caetano e o Radiohead

 

Existe algo em Caetano Veloso que sempre me fez perdoar o suposto polemicista provocador que ele tanto se esforça para ser,  é o seu faro pelo novo, o fato de se manter antenado década após década, de não se deixar acomodar em um estilo específico.

A Parte que me incomoda é talvez seu mais legítimo componente Leonino: O excesso de verborragia e um  culto imenso a sí mesmo. Caetano já fez autobiografia, livros sobre ele mesmo e constantemente cita a sí próprio como alguém inovador e genial.

Claro, houve uma época, entre o fim dos anos 60 até o fim da segunda metade dos anos 70 que ele era alguém até um pouco mais do que isso, era também provocativo. Dentro de um contexto político e socialmente obscuro como fora a ditadura militar, ele conseguia se reinventar , lançar tendencia e ser musicalmente conteporâneo e  inventivo, tal qual um Bowie tupiniquim.

Ney Matogrosso, talvez o mais inquieto e provocativo artista de um período imediatamente posterior, não carregava o peso de uma prisão e um exílio, ainda que nos bastidores fosse perseguido com uma pressão tão forte ou pior.

Mas foi Caetano Veloso quem, após retornar de um período no exílio em Londres, onde construiu talvez a mais bela obra prima da saudade, o album Transa, retornou ao país com um verniz político, que o permitia emitir opiniões sobre os mais diversos assuntos, as vezes se saindo de forma brilhante, outras vezes, tecendo analogias ao nada e sobre o nada.

Todo esse prenuncio é somente para demonstar o quanto ainda Caetano tem o dom de me surpreender, as vezes até para o bem, como quando comentou em seu blog sobre a vinda do radiohead ao Brasil, no post SIFU de seu fantástico blog Obra em progresso:

“Adoro Radiohead. Thom Yorke canta muito e a banda é boníssima. Não creio que Milton se entusiasmasse com eles, mas há algo de Minas ali sim. Como sou baiano, muitas vezes prefiro até Arctic Monkeys, pela linhagem mais seca, que vem de Sex Pistols, Nirvana, Strokes - e o eterno disco dos Pixies na BBC. Radiohead é muito líquido. O som é muita água e o texto é muito obscuro, muito “não quero que você me entenda”. Mas é um grupo refinado e caprichado. Lindo de se ouvir. Acho que não vou ao show da Madonna, mas ao do Radiohead eu quero ir.”

Para alguém cuja obra é referencia para alternativos icônicos, como Beck, para não citar uma centena de bandas indies ou alternativas que não só conhecem como também reverenciam a obra de Caetano, sua visão sobre a cena musical atual é privilegiada sob o ponto de vista de alguém que deixou marcas na cultura popular Brasileira da mesma forma que contribuiu coma formação musical de bastante gente que inova e lança tendencias, exatamente como ele fazia a uns 30 anos atrás.

Os Poetas Elétricos (Entrevista com Carito)

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O Filósofo Henri Bergson  definiu a duração de algo como:

“o tempo específico de tudo aquilo que existe e e não se dobra às injunções da finalidade nem segue rotas mecânicas, por ser espontaneidade pura ou impulso vital ,a duração só pode ser captada pela intuição , essa espécie de simpatia intelectual pela qual nos transportamos ao interior de um objeto para coincidir com aquilo que ele tem de único e, por conseguinte, de inexprimível.”

Ainda segundo Berson , o "caráter cinematográfico de nosso pensamento" capta e representa a evolução por uma sucessão de estados do ser que se desenvolve, e desconhece assim totalmente a verdadeira duração. Conversar com o Poeta , músico , performer (entre mil outras facetas) Carito, um dos fundadores da banda os Poetas Elétricos, ainda que por uma hora, torna a teoria de Bergson além de plausível de certa maneira, mágica.

Em uma hora dessa magia, onde o tempo e as referencias simplesmente deixam de existir para dar vazão ao relativismo espacial, onde convivem ao mesmo tempo elementos das últimas três decadas de música , períodos distintos e percepções se cruzam e se misturam tornando-se uma esfinge que não pede para ser decifrada

Carito participou de três momentos distintos da música Pop(tiguar ), mas sua cabeça é uma antena que capta as vibrações mais sutís emitidas por diferentes culturas em distintas partes do mundo, o tempo todo. Da banda Flúidos, espécie de representante natalense do pop rock nacional dos anos 80, que chegou a gravar um compacto ,uma espécie de single pré histórico, já sem a participação dele (por discordancia com os rumos que banda tomava) à criação do coletivo Modus Vivendi, banda clássica do Rock Natalense, cuja apresentação especial no MADA de 2003 trouxe ao largo da rua chile algumas centenas de orfãos que não se impotavam nem um pouco com as apresentações de Os detonautas ou Pitty, bandas clássicas do festival.

Após um período de desilusão com o que a cena musical no Brasil e no mundo se tornava nos anos 90, Carito optou pelo exílio, pelo auto exílio músical e pelo exílio pessoal com artista, foi tocar seu hotel na Ponta do mel (RN), onde permaneceu até que a fagulha artística, que nunca apaga, começasse a se tornar labareda e então um incêndio, incontrolável. Contatou seu ex parceiro da época do Modus, Edu Gomez que talvez por razões semelhantes, também vivia seu exíilio pessoal, e decidiram formar um Duo, batizado de: Os Poetas Elétricos, que posteriormente se tornou um Trio, verdadeiro Power Trio, com a icorporação da compositora e vocalista Michele Régis, em definição da banda, a terceira pessoa do plural.

As influências da banda são distintas, multifacetadas, a experiencia sonora única parte da iniciativa de não se deixar delimitar por rótulos, não se aprofundar nos clichês nem numa suposta contaporaneidade musical cada vez mais abstrata e indistinta.

Carito me recebeu em seu apartamento para uma conversa sobre os principais aspectos que envolvem o processo criativo da banda, desta entrevista , percebe-se que o que faz um artista verdadeiro, além do amor pela criação é a sensibilidade de se ter uma antena ligada em diversas épocas e períodos , ao mesmo tempo. Abaixo a trancrição da entrevista concedida gentilmente e com exclusividade à Toca:

Existe uma idéia equivocada que o cenário Rock no Nordeste se desenvolveu nos anos 90, após o surgimento do mangue beat, no entanto, para não ficar longe de Recife, em Natal, nos anos 80, havia uma cena bastante rica e diversificada, quais suas lembranças desse período?

São muitas lembranças. Na época eu já pensava em escrever um livro sobre esse tempo. Mas eu vivia de uma forma muito acelerada e só fui atentar para a importância desses registros depois. Do Fluidos, por exemplo, tenho pouco material, o que é realmente uma pena. Do Modus Vivendi já tenho mais coisas guardadas, e acredito que representam um importante testemunho de uma época muito particular da história do rock potiguar. Mas enfim... Entre uma coisa e outra, acabei (ainda) não escrevendo esse livro. Preciso fazer isso logo, pois a história é a história da nossa memória e a minha anda falhando muito, embora também ainda continue falando muito... rs... e esse “falhando” é reflexo da velha profaníssima trindade da época de sex, drugs & rock and roll! Carlos Henrique, vocalista do Alfândega, no início dos anos 90 começou a juntar material para escrever um livro, eu cheguei a ir em algumas reuniões na casa dele com muitos outros músicos de outras bandas da época. O Cabeça Errante Vlamir Cruz também quer fazer um registro – me convidou para fazermos um vídeo sobre essa cena dos anos 80 potiguar. E eu soube que Isaac (ex-Florbela Espanca e Sangue Blues, e atual Síntese Modular) também está fazendo um registro escrito, mais focado nos anos 90. Mas ainda não respondi sua pergunta. Justamente porque são tantas lembranças e tenho tanto a dizer sobre esse período que o que vem a minha mente agora não cabe em uma única resposta. O que posso adiantar é que era uma cena muito criativa, pioneira, romântica, espontânea, inventiva, forte, efervescente, e como você disse na pergunta: bastante rica e diversificada. Estilos diferentes, espaços usados ousados, e público comungando com as bandas uma hóstia consagrada no trabalho autoral, bem distante dessa ladainha de covers que se arrasta desde a segunda metade dos 90.
Quais são as principais influencias dos Poetas elétricos?

Somos três. E cada um tem suas influências próprias além das interseções, que na música vão além do rock, e em tudo vai além da música - porque também somos influenciados por cinema, conversas, livros, observações e vivências do cotidiano, etc. Eu posso falar mais das minhas, que por sinal são muitas e bem diversas. E talvez possa falar também um pouquinho das influências dos outros dois. Edu também transita muito bem no sentido diversidade – gosta de guitar-heroes (e de guitar-heroes diversos como Jimmy Page, David Gilmour, Steve Vai, Jeff Beck, Joe Satriani, Robert Fripp, etc.), tem influência do blues (o que o fez criar o Mad Dogs com CBI nos anos 90, e CBI por sua vez, antes do Mad Dogs, participava dos nossos projetos especiais, no Modus Vivendi, como convidado), tem uma experiência publicitária rica em criação de trilhas também refletida no trabalho dos Poetas, e tem um lado sempre aberto e antenado com o moderno, com o contemporâneo, além de ser um grande produtor e diretor musical. Edu, assim como eu, também gosta de “estranhalezas” (estranhas belezas - uma expressão de Arnaldo Antunes na época de Aguilar e Banda Performática) como Durutti Column, King Crimson... Na época do Modus Vivendi já gostávamos de bandas diferentes como Os Mulheres Negras e Fellini. Escutamos muitas coisas. Inclusive ruídos, pavões misteriosos... rs... Tudo pode nos interessar. Nessa semana estávamos ensaiando e Edu linkou a banda System of a Down com um novo arranjo que ele fez para uma poemúsica nossa, e de repente ele já estava falando de Massive Attack... Mas geralmente nossas influências não são refletidas de forma tão direta assim. Tudo se mistura, espontaneamente, intuitivamente, até tomarmos consciência do processo de criação e sistematizá-lo de uma forma laboratorial. Eu sou de um geração mais velha que Edu, e Michelle é de uma geração mais nova que Edu, e ela trouxe uma densidade mais pop, e também melancólica, gosta do Morcheeba, Camille, Bebel Gilberto... mas tem uma veia rocker forte, e um faro que sempre aponta para soluções modernas e de muito bom gosto. Além de ela ter trazido o olhar feminino, e a sensibilidade dela com certeza melhorou a nossa. Eu gosto de tudo isso que eles gostam e confesso que sou bem eclético em minhas influências. Não são poucas, então só para citar algumas: Led Zeppelin, Arrigo Barnabé, Khaled, Zé Ramalho, Alcatéia Maldita, Cabeças Errantes, Portishead, Radiohead, Air, Pink Floyd, Jorge Mautner, PJ Harvey, Rita Lee Jones, Arnaldo Baptista, Mutantes, Raul Seixas, Mercury Rev, Walter Franco, Death in Vegas, Iggy Pop, PIL, The Cure, Chico Buarque, Roxy Music, Paulinho da Viola, David Bowie, Pata Negra, Litfiba, adoro os discos antigos de Fagner (principalmente o Ave Noturna), Itamar Assumpção, etc., etc., etc... e de poesia gosto muito de Leminski, Chacal, Rimbaud, Lord Byron, Baudelaire, Jorge Fernandes, Manuel de Barros, Carlos Gurgel, Daniel Minchoni, Gustavo Luz, o cordelista Antônio Francisco, Ada Lima, a prosa poética de Mia Couto, Walt Whitman, John Fante e os beatniks, Sheyla de Azevedo, meu irmão Mário Ivo... tantas coisas mais... as vanguardas estéticas, o cinema de Antonioni, Win Wenders... a arquitetura de Gaudi... E entre tantas imagens de nós três juntos me vêm à mente duas emblemáticas: Os Poetas Elétricos passeando juntos de jeep numa madrugada à beira-mar, escutando Pepe DeLuxe, vendo o nascer do sol na praia de Malimbar... e nós três no apto de Edu e Michelle tomando vinho e dançando, assistindo a videoclipes de Ladytron e chorando com Anthony and The Johnsons e Sigur Ros... Por sinal, presentes de Marcelo Morais da Velvet Discos que sempre nos tem mostrado coisas muito interessantes. E ainda no meu caso específico, minha mãe escreve e sempre gostou de poesia, lembro da gente fazendo um cruzeiro de navio pelas ilhas gregas e ela recitando para mim Ismália de Alphonsus de Guimaraens e as Pombas de Raimundo Correa. Já meu pai acordava cantando com um vozeirão: Nelson Gonçalves & cia... Quando eu era criança, minha irmã me apresentou The Doors, Beatles, Wings... Era o som que eu usava como trilha sonora para tocar nos toca-fitas imaginários dos meus carrinhos de ferro Matchbox... E meu irmão mais velho consolidou em casa: Stones, Sweet, Slade, Kiss, Bob Dylan, Yes, Pink Floyd, Gil, Led, anos 70 na aveia no mingau do rock and roll... Nos anos 80 meu irmão mais novo Mário Ivo me influenciou com um outro universo como Echo and The Bunniman, The Sisters of Mercy, o filme Limite de Mario Peixoto, livros como Ausência de Peter Handke, uma viagem que fizemos com nossos pais a Machupichu... E vivi a cena dos anos 80 na prática, como consumidor e fazedor, de arte e boêmia – o Circo estava armado, voador, Rock in Rio, Beth Balanço, louras geladas, Lobão e Daniele Daumerie, a Pizzaria Guanabara, a Estação Botafogo, o Bar Gardenal... e aqui o Chernobyl, tudo explodiu de tanta vida, vôos na Ponta do Morcego, shows do Titãs e a gente tan-tans por aí vendo flores em você... Ira uma vez os anos 80! Tudo se usa, tudo se Cazuza... Modus Vivendi e aprendendo... E ter morado em Madrid pegando ainda a Movida Madrilleña também influencia... Tudo influencia... Na minha rua, o saudoso amigo, músico e poeta Délio Miranda tinha junto com os seus irmãos uma coleção de discos diversa e super-antenada, e na minha adolescência e pós eu ia lá todos os dias pedir LPs emprestados - Supertramp, John Anderson, Beto Guedes, Alceu Valença, Clodo, Clésio e Climério... Délio lia clássicos da literatura como Érico Veríssimo e fazia poesia e letra com dicionários de rimas, sinônimos e antônimos, etc. Também garimpei muita coisa em lojas alternativas na Natal de antes como a Aratarda e a Whiplash: Joelho de Porco, Casa das Máquinas, Peso, O Terço, Marco Antônio Araújo, etc. Ah! Fiz teatro com Marcos Bulhões por um bom tempo e isso também me influenciou bastante. Enfim, nasci em 1964 e acho que desde então tenho escutado música... cercado de poesia, réplicas de quadros impressionistas na sala, me impressionando com o mundo... Agora uma coisa também importante de ser colocada aqui: nos orgulhamos muito de todas as referências citadas acima, que por sinal, vão mais além do que falei e não param por aqui, pois há sempre uma renovação. Mas, por outro lado, como diz Alceu, “O artista não precisa ser igual a ninguém”. Por isso, nOs Poetas Elétricos procuramos um caminho próprio, ou impróprio... rs... Buscamos nossa onda, com ou sem salva-vidas...
Música e poesia são complementares, quase uma transmutação, para uma banda que carrega no nome a bandeira da poesia, o que incomoda mais
no cenário atual, a mediocridade das letras, a poesia sonora ou o caráter mercadológico que a música assumiu.

A baixaria se instalou. Músicas de duplo sentido existem há muito tempo. Mas diante do que rola hoje, Genival Lacerda, por exemplo, é um clássico - era mais criativo e não apelava tanto. O popular antigamente era mais rico, com certeza. Não é saudosismo. É um fato. É só comparar o que o povão escutava, que rolava nas AMs nos anos setenta, e hoje. Antes: Novos Baianos, Benito de Paula, Martinho da Vila, Ronnie Von, Beth Carvalho, Luís Gonzaga, Roberto Leal, Sidney Magal, Wando, Agepê, Gilliard, Carlos Alexandre, Bartô Galeno, Genival Lacerda, Raul Seixas, etc... E hoje: Cavaleiros do Forró, Aviões do Forró, Calcinha Preta, Cheiro de Menina, Cabaço Molhado, Garota Safada, Bonde do Tigrão, É O Tchan, Cláudia Leite, Banda Calipso, etc. Músicas antigas como Bilu Tetéia ou Faro-Fá-Fá são inocentes principalmente diante de “pérolas” de hoje as quais prefiro nem comentar. E quando eu penso que torci o nariz para Os Mamonas Assassinas... Ah! Que pena que os meninos tenham ido embora tão cedo... eram lúdicos, criativos e divertidos. E se comparados com o que se produz hoje em dia em termos de música de massa... Enfim, hoje a coisa piorou muito, muito mesmo! Antes se certas músicas eram de gosto duvidoso ou pobres, hoje são de mau gosto mesmo, que produzem danças que erotizam crianças, banalizam e vulgarizam tudo, promovem a falta de educação... como diz minha amiga Clotilde Tavares: o reino dos sem noção!

Quanto à Poesia Sonora, não sei como ela pode incomodar. Não acredito que muita gente escute Cid Campos e outros do gênero. Eu particularmente acho muito interessante.

Quanto ao caráter mercadológico da música, acho que isso sempre existiu. Infelizmente tomou proporções onde cada vez mais se experimenta menos, tem menos lugar para a diversidade. Não há lugar para nada que saia do esquema vigente, que não tenha o lucro certo antes mesmo de existir. Existe uma homegenezação musical em fórmulas que a maioria das bandas tenta seguir para acontecer. Parece que a música em si vem depois, ou nem vem. Em busca de um lugar ao sol parece que tá todo mundo fora de si, e não importa se o sol é artificial. Claro que estou generalizando, há sempre universos paralelos, distintos, diversos, principalmente no meio independente, onde há muitos hetero-gênios. Hoje há muita informação além do que está na superfície. É só dar uma mergulhada na net, no myspace, nos blogs... O seu, por exemplo, é riquíssimo em informação musical.

Natal, em uma análise  superficial, saiu da estaca zero em termos de produção musical para um celeiro reconhecido nacionalmente, através do MADA e do festival (e selo) Do Sol. Algumas das melhores bandas potiguares, no entanto, jamais chegaram a ver a luz de seus trabalhos registrados, quais são as grandes lacunas que você gostaria de ter visto um registro?

Alcatéia Maldita, O Gato Lúdico, Cabeças Errantes, Délio Miranda, Mário Henrique Araújo, o General quando era Lee antes de ser Junkie, Florbela Espanca... e as bandas que eu participei: Fluidos (na minha fase, pois depois que eu saí a banda chegou a gravar um compacto no Rio de Janeiro) e Modus Vivendi. A Alcatéia e O Gato Lúdico pelo que sei não têm quase nada registrado na época, e as outras possuem fitas demo, uma ou outra participação em vinil ou cd demo, mas nenhum registro mais completo e profissional. Em tempo: a Alcatéia continua na ativa, fazendo shows com 99% de músicas novas, então é uma banda antológica, que está se reinventando e pode preencher essa lacuna com trabalhos de ontem, hoje e sempre.
Hoje em dia a divulgação de uma banda se faz por uma diversidade absurda de canais, sendo os festivais e a internet os principais catalisadores
desse fenômeno, você acredita que uma banda conseguiria se manter sem a presença em um dos dois canais?

A Alcatéia Maldita pelo que sei nem tem site nem myspace, nem participa muito de festivais. E se mantêm viva desde os anos 70. Mas claro que para atingir um número de pessoas mais significativo as bandas utilizam essas ferramentas modernas que por sinal são muito boas e deram mais visibilidade aos vários Brasis fora do eixo Rio-São Paulo.

Download é pirataria ou divulgação?

Até pouco tempo eu não sabia nem o que era um blog, entre outras coisas da net... Eu estava exalando exílios... Um amigo fez meu orkut e ainda hoje não me sinto à vontade e quase não vou lá. Brinco dizendo que eu só conhecia o okurt cobain. Fizemos nosso myspace faz poucos meses... Tem dias que eu ando tão download, sem divulgação, e achando a vida uma grande pirataria...

sobre o incidente com o show do Teatro mágico, a postura imatura e ignorante do produtor da banda é  comum no meio musical atual ou você acredita que se tratou de um caso isolado?

Pela minha experiência foi um caso isolado, mas também tenho me apresentando pouco. Não sou um bom termômetro para analisar isso no meio musical atual. E ele nem era o produtor do Teatro Mágico, e sim um técnico que estava atuando como um dublê de produtor. Inclusive, nesse caso, fomos apoiados pelo produtor local, Daniel Campos, que estava organizando o evento. Nos anos 80 fui tocar em Açu com o Fluidos, e nos 80 e 90 - em Mossoró, Caicó, João Pessoa e Campina Grande com o Modus Vivendi. Apesar de ter havido falhas em uma ou outra produção, todos sempre nos trataram muito bem, e em alguns casos bem demais. Em Campina Grande, por exemplo, nos trataram como se fôssemos os Rolling Stones e a produção era realmente muito arrojada. Na fase atual, com Os Poetas Elétricos, já tocamos no Mada, no Festival DoSol, entre outros eventos como o Cosern Musical, participamos do Dia da Poesia, e também sempre fomos muito bem tratados. Hoje em dia geralmente é tudo muito mais organizado e profissional, com uma boa estrutura de palco, som e luz, e com pessoas educadas e capacitadas.

Quem são os Poetas elétricos?

Um cio que está no trio em busca de outros elétricos, ou um trio correndo o risco atrás do cio elétrico, que gosta de música eleCrônica, que vê poesia em tudo no mudo, e por isso muda, fala, grita, canta e se espanta...
O que podemos aguardar da banda para 2009?

É uma boa pergunta. Nem lançamos o segundo disco direito e já estamos pensando noutro, que jeito? Somos dependentes do exercício da criação. Mas acredito que vamos pensar mais em divulgar esse novo disco velho, tentando otimizar a sazonalidade dos shows, já que passamos quase três anos nesse projeto compondo, recompondo, gravando e regravando. O lance é que como não vivemos de música, nosso tempo é dividido com as coisas mortais do dia a dia, e precisamos nos esforçar para criar esse nosso universo artístico paralelo e torná-lo um pouco mais perpendicular. Esse esforço dói, pois tudo nos puxa para outro lado, onde há um entendimento sócio-econômico que dita e define ser absurdo ser romântico nos dias de hoje e tudo que você faz se mede pelo que você gera de dinheiro na sociedade, qualquer coisa tem que servir para alguma coisa, não é assim? Mas no não há sim, e é nesse vazio fértil que procuramos os valores invisíveis e continuar tendo mais subjetivos que objetivos, para que possamos fazer uma arte independente, para que ela possa vir só vindo, não servindo, não servil. 
Quando Deus dá asa Cobra?

Bote do entrevistador que usa meu próprio veneno, heim? Fiz essa brincadeira sem eira, só beira, do abismo, então asas pra que te quero, antídoto sempre há de pintar por aí, todo homem tem seu terço!

Crítica:

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Estirado no estirâncio Ou o sol sem sombra de Dúvida- os Poetas Elétricos.

O Segundo trabalho dos poetas elétricos, primeiro como Trio, após a chegada de Michelle Régis, é um mosaico de paisagens sonoras , elaboradas, viscerais que as vezes remete ao duo francês Air (em “o lirismo a toa”, segunda faixa do album) as vezes evoca Ry coorder, passa pela poesia concreta e vaguadista da São Paulos dos anos 80 e caminha em direções inusitadas, celestiais, profundas.

A produção elaborada do album, a voz etérea de Michelle, as intervenções poéticas de Carito e as melodias ricas e repletas de minúcias, transformam a obra dos Poetas Elétricos na trilha sonora de uma vanguarda moderna que se recusa a estabelecer contato com a estética neo-hardcore que predomina em um mercado vazio de valores.

Estirado no Estirancio (ou sol sem sombra de dúvidas) é a trilha sonora de uma cidade que deixou de ser esquina abandonada, de um estado que se afirma moderno, de um outro estado, este, de espírito, que se firma provocativo, constestador, genial.

Blackpool (The Boy With the torn in his side)

Blackpool é o nome de uma cidade litorânea da Inglaterra,é também o nome de uma série dramática da BBC. ocorre que, como a maioria das séries do canal britânico, essa também tem suas peculiaridades, a mais interessante delas é que, do nada, os personagens no meio da ação, interpretam algum clássico da música pop, assim, como vocês podem ver abaixo:

bacana, não?

De Novo, as Listas:

 

É sintomático,basta o ano começar a acabar para pipocar aqui e alí. As temidas por uns, amadas por outros, listas dos melhores e piores de 2008. Desta vez a NME (New Music Express) deu o pontapé incial e saiu com sua lista das 50 pessoas mais cool de 2008.

A lista,encabeçada por Alice Glass, do desconhecido (no Brasil)Crystal Castles , contempla músicos de bandas como o MGMT (Andrew VanWyngarden); Arctic Monkeys (Alex Turner, também do Last Shadow Puppets), Kings of Leon (Caleb Followill) ou Oasis (Liam Gallagher). A surpresa deste ano é o regresso à lista de veteranos de diferentes eras, como Robert Plant, do Led Zeppelin, Johnny Marr, dos Smiths, e Damon Albarn, do Blur.

A brasileira Lovefoxx do Cansei de Ser Sexy ficou em 32º lugar.

Abaixo:

50. John McClure, Reverend & The Makers
49. Carl Barat
48. Lethal Bizzle
47. Eva Spence, Rolo Tomassi
46. Matt Bellamy, Muse
45. Brian Fallon, The Gaslight Anthem
44. Gruff Rhys, Neon Neon
43. Karen O, Yeah Yeah Yeahs
42. Tom Vain - S.C.U.M.
41. Shunda K, Yo Majesty
40. Robert Plant
39. Robbie Furze, The Big Pink
38. Jason Pierce, Spiritualized
37. Brandon Flowers, The Killers
36. Frank Carter, Gallows
35. Little Boots
34. DJ Mujava
33. Josh Homme, Queens Of The Stone Age
32. Lovefoxxx, CSS
31. Rivers Cuomo, Weezer
30. Will Roan, Amazing Baby
29. Scarlett Johansson 
28. Miles Kane, The Rascals/The Last Shadow Puppets
27. Yannis Philippakis, Foals
26. Nick McCabe, The Verve
25. Peter Gabriel
24. Zack de la Rocha, Rage Against The Machine
23. Jamie Reynolds, Klaxons
22. Jay Reatard
21. Damon Albarn
20. Dev Hynes, Lightspeed Champion
19. Florence Welch, Florence & The Machine
18. Ed MacFarlane, Friendly Fires
17. Santogold
16.  Ezra Koenig, Vampire Weekend
15. Johnny Marr
14. Dave Sitek, TV On The Radio
13. Lil Wayne
12. Guy Garvey, Elbow
11. Pink Eyes, Fucked Up
10. Caroline McKay, Glasvegas
9. Liam Gallagher, Oasis
8. M.I.A.
7. Caleb Followill, Kings Of Leon
6. Ladyhawke
5. Sam Dust, Late Of The Pier
4. Alex Turner, Arctic Monkeys/The Last Shadow Puppets
3. Andrew VanWyngarden, MGMT
2. Jay-Z
1. Alice Glass, Crystal Castles

Jesus & Mary Chain

Ao lado do Smiths, Cure, Echo & the Bunnymen e Siouxsie and the banshees, o Jesus & Mary Chain desempenhou papel fundamental na catequização musical da garotada que cresceu nos anos 80.                A banda, que extraia belas melodias entre microfonias ensurdecedoras, também se notabilizou por um comportamento algo pitoresco em sua relação entre sí mesmos e entre a platéia.

O que os irmãos Gallangher na década seguinte incluíriam no pacote de suas aparições ao vivo e no trato com jornalistas já era intensamente praticado pelos irmãos Reid desde sua estréia, em 1984: Mal humor, respostas lacônicas e polêmicas,agressividade tudo isso fazia parte da receita Jesus & Mary Chain de como tratar fãs e imprensa. Porém, apesar do destempero, o que prevalecia era a música, era o regate de  elementos incompreendidos, o ruído levado ao extremo,como  um Velvet Underground no limite da abstração. Se Psychocandy, de 1985 soava como um album estranho, melodicamente estruturado a partir de  incompeensíveis paredes de microfonia e barulhos diversos,  o segundo albúm, Darklands, de 1987,deixava  transparecer a beleza melódica, o elemento pop, quase radiofônico, de uma beleza singular e única.

A aspereza sonora da banda se perpetuou até 1998, quando encerraram as atividades, não sem antes deixar séquito, perpetuando uma trilha que eles mesmos inauguraram ao se declararem seguidores do Velvet Underground.

My Bloody Valentine, Ride, Primal Scream, não é difícil identificar os elementos disseminados entre os imãos Reid até em bandas com Pixes (que regravara Head On) e , mais recentemente no Black Rebel Motorcycle Club e mesmo no Interpool.

Renascidos na grande tsunami de revivals de velhas bandas (e de bandas velhas também) ocorrida no ano passado, o J&MC voltaram a fazer shows, alguns deles memoráveis, como no Coachella Festival, na Califórnia, que contou  com a participação da atriz Scarlett Johansson, no vocal de apoio na canção "Just Like Honey".

A banda se apresenta no Brasil em 8 de novembro, dentro da programação do Planeta Terra, em São Paulo. Não será a primeira experiencia na banda por aqui (eles estiveram no país em 1990) e prometem uma apresentação para fãs de todas as épocas, mesclando músicas de todos os albuns e fases da banda.

Um prato cheio para fãs e saudosistas do melhor legado dos anos 80.

Abaixo o clipe da clássica April Skies, do clássico albúm Darklands:

Kraftwerk e o conceito de Pirataria

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O Conceito de pirataria já se alterou muitas vezes no decorrer da minha trajetória com apreciador de boa música (pelo menos para quem compartilha meu gosto musical).

Se na minha adolescencia um disco pirata significava quase uma encarnação divina, um hiróglifo perdido vendido a um preço altíssimo pela exclusividade da peça, no início da idade adulta o conceito, por razões financeiras, migrou para algo como:

O produto que eu quero consumir pelo preço que eu posso pagar 

Era uma época em que um CD pirata era vendido por cerca de 10 reais em poucas bancas de camelô, ainda.

Depois a pirataria adquiriu um caratér subversivo, danoso, criminal, sendo posta ao  lado do tráfico de drogas como atividade criminosa mais rentável no País, dentro de um mesmo contexto, pois sem o consumo não haveria a produçâo e nem a comercialização.

Sem levantar nenhum tipo de bandeira e por compreender que respeito a direitos autorais é uma questão de cidadania, optei por não consumir produtos piratas, e, no decorrer dos anos seguintes, procurei conhecer bandas através da internet e , caso a música me chamasse atenção, procurar o material original. Passei a compreender o download como uma forma de divulgação que não fica presa a um formato midiático, pois, assim fosse, como se iria enquadrar as centenas de milhares de sites que disponibilizam albuns para download gratuitamente.

Bandas como o Radiohead, cujo In rainbows foi lançado em um movimento inédito , para download pelo preço que o consumidor achasse que devesse pagar (e rendeu mais do que Hail to the Thieve, penúltimo album da banda) e Artic Monkeys, cuja divulgação e aparição se devem exclusivamente à rede, corroboram o argumento de que o download hoje serve muito mais como marketing do que como pirataria.

Lamentávelmente, pessoas fora da realidade do mundo atual, que se esforçam em manter um muro ao redor da informação e agem como se estivessem vivendo há 30 anos, andam perseguindo comunidades de download no orkut, algumas, como a Discografias, que contam com cerca de 800 mil participantes, quase a população de uma cidade de médio porte.

Essas pessoas, para quem a ditadura ainda não acabou, não tem argumentos claros, macaqueam um comportamento Norte americano tão datado quanto o conceito de pirataria que eles defendem.

Nos anos 90 foi forte a perseguição aos primeiros programas de compartilhamento de arquivos,Já falamos sobre isso aqui na Toca , e um dos mais ferrenhos defensores da punição a quem compartilhava arquivos pela internet foi Lars Ulrich, baterista do Metallica, que recentemente declarou que isto (download) é uma realidade do mercado atual e ponto.

Portanto, argumentar o que pode e o que não pode em outubro de 2008 é como discutir o direito das mulheres ao anticoncepcional nos anos 60, é inútil e infrutífero, pois já é um comportamento amplamente difundido e ninguém vai parar de fazer por que meia dúzia de censores ressucitados que desconhecem a complexidade do mercado atual acham que é errado.

Para fechar esse post sobre pirataria com chave de ouro, deixo um inacreditável albúm pirata do Kraftwerk* (Parte I e Parte II) , provavelmente gravado nos anos 80 e lançado exclusivamente em vinil, extraído do blog: MUNDO ESTRANHO DE PB

Enjoy It

Saudações Centaurinas

RCD CHOICE VI

rcd6

Já saiu o sexto volume da coletânea elaborada por membros da comunidade RCD do orkut. A comunidade agora batizada de RCD Rebuilding, está se levantando após ter sido deletada do site de relacionamentos pelos inquisidores moderadores do site que agora tem reprensentação no Brasil.

Aliás, essa questão de deletar comunidades , blogs e (ou ) sites de troca de arquivos com justificativa de pirataria é um tema ridículo e um retrocesso aos formatos mercadólogicos vigentes, ou seja, essa perseguição é típica de mentalidades retrogradas e provincianas, que amam macaquear a demencia persecutória norte americana e promover esse tipo de perseguiçãozinha escrota.

A Coletanea deste mês é emblemática pois além de ser uma homenagem à resistencia da comunidade, é um libelo contra a medocridade predominante entre esses doentes sem pai nem mãe.

Tracklist:

1.Disclaimer –The Dears
2.I Will Leave – Hari and Aino
3.Phantom Other –Department of Eagles
4.Hello Benjamin –Melpo Mene
5.The Sex has made me Stupid –Robots in Disguise
6.Strangers- Van She
7.Cape Fear- The Rosebuds
8.Wretch- Protest the Hero
9.Magic Man- The Aliens
10.Paper Planes- I’m from Barcelona
11.St Peter’s Day Festival- Ra Ra Riot
12.Holes in The Walls- Ponies in Surf

 

Enjoy it !

Fleet Foxes, The Gutter Twins & The Amps



O primeiro é a mais nova sensação do Rock rural norte americano,saídos de Seattle e comparados a bandas como Beach Boys e Crosby, Stills & Nash :

"Crescemos ouvindo Beach Boys e bandas que se preocupavam com a harmonia das canções, então há uma preocupação com isso nas nossas músicas", disse em entrevista à Folha de São Paulo, Casey Wescott, tecladista e vocalista do grupo:

"Pensamos nos arranjos vocais, na forma como as letras são cantadas. A melodia tem de ser forte...".

o Fleet Foxes mergulha fundo no cancioneiro do rock e emerge com material suficiente para produzir um amálgama criativo e original que passa por Van Morrison, Crosby, Stills & Nash, Beach Boys, Bob Dylan, The Zombies, The Birds, Marvin Gaye e até Mutantes.

Na mesma entrevista à Folha Robin Pecknold, vocalista e guitarrista da banda falou sobre a sonoridade da banda :

"Nos sentimos bem-sucedidos se fazemos uma canção em que cada instrumento faz algo interessante e melódico. Nos inspiramos na tradição da música folk, pop, corais gospel, psicodelia barroca, música da Costa Oeste [dos EUA], música tradicional da Irlanda e do Japão, trilhas sonoras. E somos inspirados pela música de nossos amigos de Seattle"

Para ouvir o album de estréia do Fleet Foxes Clique aqui

Já o The Gutter Twins  é na verdade um supergrupo, formado por Greg Dulli, ex-vocalista do Afghan Whigs  ao lado do amigo Mark Lanegan, que foi vocalista do ótimo Screaming Trees.

Nos últimos anos, Lanegan se especializou em participar de grandes projetos seja ao lado do Queens of The Stone Age seja com Isobel Campbell, ex-Belle and Sebastian cuja parceria que já rendeu dois álbuns, fora participações em álbuns de PJ Harvey, Melissa Auf der Maur e Soulslavers..

Mark Lanegan já vinha colaborando com Greg Dulli nos discos do Twilight Singers o que facilitou o processo de criação do The Gutter Twins, cuja estréia oficial se deu em março com o lançamento do álbum "Saturnalia", pelo selo Sub Pop, e agora retorna ao mercado –  via iTunes – com  "Adorata", EP  com oito faixas .

"Adorata" é recheado por covers inusitadas que vão de Primal Scream e Scottt Walker, passam por José Gonzalez e Vetiver e inclui uma em especial: "Flow Like a River", do Eleven, banda de Natasha Shneider, amiga dos músicos e membro do Queens of The Stone Age, que morreu de câncer no começo deste ano, por este motivo, parte da renda da venda do EP será destinada para a ONG Natasha Shneider Memorial Fund. O nome do projeto não poderia ser mais perfeito. The Gutter Twins signfica Os Gêmeos da Sarjeta e vem de umafrase de Oscar Wilde: "Estamos todos na sarjeta, mas alguns ainda olham as estrelas".

Para ouvir Saturnalia e conhecer o projeto, clique nos Links abaixo:

Parte I

Parte II

(Arquivo dividido em 2 partes)

Já a citação à banda formada por Kim Deal, após romper  com a irmã Kelley e pular fora do Breeders, é que este é talvez um dos mais emblemáticos albuns independentes dos anos 90, quando grande parte das bandas se esfacelavam e se multiplicavam em outras boas bandas. O Pixies já havia encerrado (teóricamente) suas atividades em 1993 e desta primeira ruptura havia saído The Last Splash, icônico album das gêmeas Kin e Kelley Deal, sob a alcunha de The Breeders. Em 1995 a banda surgiu com o nome de Tammy Ampersand and the Ampers, após um recesso das Breeders, mas o nome logo foi reduzido para The Amps, e seu primeiro album foi lançado no halloween daquele ano, com muitas músicas que ficaram de fora de Last Splash, ou seja, o primeiro album das Amps seria algo como o material descartado pelas Breeders.

Apesar das boas críticas, o album vendeu pouco e a banda seguiu até o verão de 1996,abrindo shows para o Foo Fighters, quando então Kim decidiu ressuscitar o nati-morto Breeders.

Dessa aventura ficou o brilhante album de material descartado que você pode ouvir clicando ao lado :Pacer- The Amps

Saudações Centaurinas!!!

New Order e as Ideologias!

Uma das pricipais bandas britanicas de todos os tempos, seria uma definição apropriada para o New Order, mas talvez ainda fosse pouco para uma banda que sobreviveu ao suícidio de seu vocalista quando já era uma das principais referencias do circuito Pós Punk, praticamente inaugurando a fase sombria que se seguiria após os arroubos de testorona adolescente que acompanhavam o Do it yourself do movimento Punk.

Como nenhuma outra banda, Bernad Summer, Peter Hook e Stephen Morris souberam se reiventar, criar algo novo a partir do que havia sido quebrado, do que aparentemente estava morto.

Os shows do New Order com repertório do Joy Division, em 2007, são emblemáticos neste sentido, pois evidenciam uma banda que mesmo optando por trilhar outros caminhos -no caso, da música eletrônica, do pop redondo, para as pistas- jamais descuidou da essencia.

Supunha que isso era decorrente de maturidade artística, pessoal, enfim , de maturidade, mas ao esbarrar com comentários de Peter Hook, a qualquer época, sempre me perguntei se a postura era equivalente às ações.

Hook sempre foi polêmico, gosta disto e se dedica a formar frases impactantes e opiniões cruas com a mesma intensidade que cria geniais linhas de baixo. Sempre foi verborrágico e isso, em um certo sentido, contradiz a postura sisuda da banda, o que não é necessariamente ruim. Ocorre que as vezes, quando tenta ser sincero é mal interpretado, como no caso da entrevista que concedeu Radio 2 da BBC, em uma semana dedicada à sua (ex-por-enquanto) banda: O baixista falou sobre seus desentendimentos com o vocalista e guitarrista Bernard Sumner após a passagem da banda por aqui, últimos shows do New Order. "Eu disse a ele todas as noites depois da turnê brasileira que eu não ia mais fazer isso. Eu fui ao Brasil pelo dinheiro. Eu senti que o New Order estava vazio. Mas não posso falar pelos outros , declarou.

No Orkut, algumas comunidades dedicadas a banda consideraram a declaração uma heresia, alguns demonstraram profunda decepção pelo fato da banda ter vindo tocar no Brasil somente "pelo dinheiro" o que não deixa de ser uma grande hipocresia, pois como empresa que é, uma banda vive sim da arrecadação do material que produz, desde que, naturalmente, ele seja produzido sem se levar em consideração somente "o mercado"

A diferença do New Order, para , por exemplo, Justin Timberlake, é que, ao contrário do segundo, a banda tem uma trajetória, um estilo que se sobrepõe as regras mercadológicas que regem a música pop nos dias atuais. Não pretendo nem levantar bandeira e nem criticar Justin Timberlake pelos motivos dele e até entendo que a comparação seja relativamente peasada, mas é uma forma de demonstrar que, enquanto estilo, música é o que se produz e se vende sob um padrão de qualidade incontestável ,porém, enquanto produto, música pode até ter seu charme, mas padece de vitalidade.

Uma coisa ,no entanto, me chama atenção, o fato dos fãs quererem cobrar de um artista uma posição que jamais ele tomou ,uma aura de integridade "contra o sistema"  que jamais foi proferida e nem prometida por ninguém: Música, independente da qualidade,é produto e como tal dever ser comercializado, existindo público tanto para Justin Timberlake quanto para O New Order.

Se uma banda toca por dinheiro é um bom sinal, se tocasse por ideologia seria perigoso, pois por trás das ideologias sempre há a manipulação e esta, é mais prejudicial que um punhado de dólares.

Los Digitales

Digitales 122

Em Agosto falei aqui, na Toca, sobre uma banda cuja apresentação havia presenciado ao vivo, em uma praça no charmoso bairro da Recoleta, em Buenos Aires. Na época não tive como disponibilizar o link para baixar o primeiro e bacanérrimo album da banda, pois o CD havia ficado com um amigo que só voltaria ao Brasil alguns dias depois. Agora, enfim, tenho a satisfação de compartilhar com vocês uma das coisas mais surpreendentes que tive o prazer de conhecer este ano. Primeiramente, pelo som, que mistura diversas influências, que vão de David Bowie,The Police,Pink Floyd e Prince até Astor Piazola e Atahualpa, passando  por Soda stero, Sumo e Virus (na definição deles próprios).

Em segundo lugar, pela ausência de letras, que transforma o que poderia ser uma curiosidade portenha em música universal.

E,em terceiro e talvez principalmente, pela atitude!

Enquanto centenas de milhares de bandas ficam entocadas em suas garagens esperando uma chance cair do céu, a atitude da banda foi ir a rua, montar seu equipamento e oferecer o que podiam, sua música, pura e simplesmente.

Talvez se mais bandas tivessem a atitude de, em um domingo qualquer, montar seu equipamento na esquina de sua casa, em uma praça do bairro ou na quadra de uma escola para simplesmente compartilhar sua arte, sem ambições vazias de primeiro serem descobertas para então criar um público, talvez se mais bandas tivessem a ousadia de se fazer conhecer e se auto divulgar de uma forma tão simples e honesta, talvez tivéssemos dias mais divertidos e inusitados e poderíamos, eventualmente, topar com gratas surpresas, como a que eu tive em uma prosaíca e fria tarde de domingo.

 

"Digitales":Banda disco-rock con diversos efectos que lo llevan a sonar algo electronico.Fue formada en enero del 2008 por Pablo Mendez y Cristian Kiffer,quienes produgeron el primer disco en forma independiente llamado DIGITALES 2008 acompañados por Roland R8 programada y producidas por ellos mismos,ya en Abril del mismo año se suma a la banda Nicolas Moyano en bateria para quedar como musico estable de la banda,con esta formacion se presenta en vivo todos los Martes y Jueves en Pnal. Florida y Dnal. Norte a las 19:30hs. y los Domingos en Recoleta (Junin-V.Lopez)16hs.lugares donde pueden adquirir el disco.

Blog da banda


Album: Los Digitales- 2008

A Fúria de Robert Smith



Depois do Piti de Morrissey contra o lançamento da enésima coletânea do Smiths, dessa vez foi Bob Smith quem andou se estressando com as gravadoras. O Motivo, no caso de Mr Bob, não foi algum lançamento (teóricamente) caça níqueis, mas o preço com que o site ITunes vendeu o novo EP da The Cure, "Hypnagogic States",

O EP, que inclui remixes dos singles que a banda editou este ano (em antecipação ao novo álbum)  está sendo vendido por £7,99 no iTunes britânico.

Smith publicou uma nota enfurecida no site oficial da banda, dizendo: "Por favor, não comprem o EP Hypnagogic States no iTunes por £7,99. É um absurdo"

Abaixo, a transcrição do email que ele enviou à sua gravadora:

"Caro, estou desesperado novamente. O Hypnagogic States está agora no iTunes britânico... Cinco faixas por £7,99? Que merda é esta? E o pacote não inclui a música extra (remix  do 65DOS de "The Only One"). Ou seja, podem comprar os quatro remixes do 30STM/AFI/MCR/FOB individualmente por 79p cada... Mas só recebem o remix de "Exploding Head Syndrome" do 65DOS dos quatro singles se pagarem £7,99 pelo "álbum"... Quem é que não se vai sentir completamente roubado por pagar £4,83 pelo remix do 65DOS? Isto não é a merda de um álbum! É um EP de cinco faixas e é suposto receberem gratuitamente uma faixa extra (remix do 65DOS de "The Only One") se comprarem o EP e é suposto custar menos se comprarem como EP de cinco faixas que se comprarem as cinco faixas individualmente... Foi isso que foi combinado. Isto está muito errado. Estou mesmo desesperado. Porque é que é tão incrivelmente difícil fazerem uma coisa como deve ser? Por favor corrijam isto agora".

Sobre o fato da venda do albúm ser revertida para a Cruz Vermelha, Robert declarou ainda:

"É fabuloso o dinheiro ir para uma boa causa, mas, por favor, comprem só este EP de cinco faixas no iTunes quando estiver disponível por £4,00 ou menos e tenham direito ao remix gratuito"

o novo álbum do The Cure, chamado "4:13 Dream",será lançado No próximo dia 28 de outubro através da Universal .

Pearl- Chapterhouse

My Sweetest memories from 90's

The Comsat Angels


Ao lado do The Sound, uma das bandas mais injustiçadas pela história do Pós Punk oitentista foi o The Comsat Angels. E aqui a injustiça não foi, como no caso do The Sound, pela falta de reconhecimento. Talvez tenha sido até um pouco pior.

Incluída na trilha sonora do filme "Academia de Gênios" (Real Genius),um filme com temática adolescente que vira e mexe passava na sessão da tarde, a banda ficou restrita a essa referencia, a despeito dos geniais albums Waiting for a Miracle (1980) ,Sleep no More (1981) e Fiction (1982).

A  banda ,originaria de Sheffield, Inglaterra, iniciou a carreira sob o nome de Radio Earth. Após uma desastrosa abertura de  um show da banda Pere Ubu,em Newcsatle, Inglaterra, perceberam que algo (ou tudo) poderia ser repensado, a começar pelo nome.

Tomaram então emprestado o título de um conto do autor inglês (nascido na china) J.G Ballard, mais conhecido no Brasil por ter tido sua biografia "Império do Sol", levada ao cinema por Steven Spilberg em 1987, com um Cristian Bale no auge dos seu 12 anos interpretando o autor.

Gravaram em 1979 um EP , intitulado de Red Planet, que caiu nas mãos do icônico e onipresente DJ Inglês Jhon Peel, responsável pela descoberta de praticamente tudo de bom e de ruim no período compreendido entre o fim dos anos 60 até os anos 90.

Após assinarem contrato com a Polydor para a realização de três albúms ,se viram no meio de um impasse da gravadora, que simplesmente não sabia como manejar a carreira da banda, resultado de um contrato que permitia liberdade criativa à mesma.

Após o sucesso de Independence day  -Música cuja bateria soa estranhamente parecida com a de Soldados, do primeiro disco da Legião Urbana- A banda seguiu abrindo shows para o Gang of Four .

E aqui cabe um parágrafo:
-No Brasil do início dos anos 80, encontrar material recente de qualquer banda que não estivesse no topo das paradas era uma atividade hercúlea, que exigia bastante grana e também os contatos certos e as bandas de Brasilia daquele período possuiam ambos, fazendo com que o Comsat se tornasse uma das pricipais influencias daquelas bandas, como Legião e Plebe Rude.-

Em 1983 , com o fim do contrato com a Polydor a banda assinou com o selo Jive e prouz "Land", dando início a uma seuqencia de albuns irregulares, como 7 Day Weekend  de 1985 e Chasing Shadows de 1986, este já na Island Records.

A banda continuou na ativa até 1995, quando lançou o pesado The Glamour, seu último disco.

O forte da produção da banda, no entanto, está concentrado no período compreendido entre 1980 e 86.

Para que você conheça um pouco mais da banda (e faça a devida comparação com a música da Legião) de uma olhada no clipe abaixo.

Saudações Centaurinas!!

Sinal dos Tempos


Um dos eventos mais marcantes do início desta Década foi sem dúvida a criação dos compartilhadores de arquivos. Se hoje o Napster parece pré histórico, a revolução que ele iniciou e  disseminou nos anos seguintes não tem precedentes históricos, talvez algo que se aproxime disto tenha sido a criação dos primeiros registros fonográficos, que tiraram a música dos imponentes teatros e  salões e a instalou confortavelmente na sala ou quarto da casa de cada um. Após a derrocada do Napster, inúmeros substitutos surgiram para ocupar a vaga deixada pelo pioneiro.

Kazaa, Lime Wire, Imesh, Soulseek ,Torrents, todos deram sua contribuição para socializar a  música ( e os vídeos, e os ebooks e ...enfim)

O contraponto legal a isto é que o conceito de pirataria, antes engessado a um formato de distribuição como vinil ou CD se amplificou e dissipou com a mesma intensidade.

Afinal, de que se trata específicamente o termo em 2008?

a comercialização de arquivos protegidos por direitos autorais sem a devida autorização é o conceito fundamental onde se pode enquadrar a pirataria. Mas e o compartilhamento de arquivos?

Onde enquadrar quem, por exemplo, envia um email para um amigo contendo uma rara gravação de Coltrane?

Quem enquadrar quando em um site qualquer há um link disponível para baixar esse ou aquele arquivo, um lançamento ou uma raridade ou mesmo um album que jamais fora lançado?

Toda a perseguição a quem baixa e a quem disponibiliza arquivos pode ser infrutífera se não caracterizar comercialização.

e comercialização aqui se enende como alguém que obtem vantagens financeiras sobre a venda de um produto ilegal, protegido.

A aquisição dos formatos de mídia vigentes vem caindo ha bastante tempo , caindo tanto que a tendencia para a próxima estação é a ressurreição dos discos de Vinil, algo que virtualmente é impossível copiar e cujas vantagens sonoras são defendidas ferrenhamente não somente pelos saudosistas, mas também por algumas gravadoras.

O fato é: estamos diante de uma nova etapa na guerra entre gravadoras e desenvolvedores de softwares de compartilhamento.

Não há uma maneira eficaz de proibir o compartilhamento de arquivos para uso pessoal, qualquer um com uma conexão com a internet e espaço no HD virtualmente é capaz de ter acesso a qualquer arquivo que deseje, bastando para isso pouco mais que dois cliques .

No início desta década, um dos inimigos mais ferrenhos dos compartilhadores de arquivos atendia pelo nome de Lars Ulrich,baterista do Metallica. E a guerra que ele travou ao Napster terminou sendo tão infrutífera quanto a resistência ao envolvimento de seu grupo com a internet.

Durante as entrevistas de lançamento do novo album do Metallica ,"Death magnetic", Ulrich andou surpreendendo o meio musical com declarações como : "se o negócio está vazando no mundo inteiro hoje ou amanhã, que sejam felizes."

Em entrevista à rádio Live 105, de São Francisco, ele definiu bem este novo panorama que se apresenta: "Estamos em 2008 e isso é parte dos dias de hoje"

Vindo de alguém que defendeu com unhas , dentes e tudo mais o que estivesse a mão os direitos autorais de sua banda, a declaração que poderia causar estranheza se proferida a uns 3 anos atrás, trás embutida um clara constatação, um evidente sinal dos tempos.

A música é um produto que pode ser comercializado em diversos formatos, a socialização dela é uma forma de divulgação e este  padrão , pelo menos por enquanto, foi a forma escolhida por quem consome este produto, porém, de maneira inédita na história, sem a participação de grandes corporações e sem grandes e milonárias estratégias de divulgação. A socialização da música resgatou talvez a principal razão da mesma existir: agradar e despertar emoção sincera em quem a busca.


Abaixo o primeiro vídeo do novo álbum albúm do Mettalica: "The Day That Never Comes"

The Smiths


os Smiths foram a banda perfeita dos anos 80, de uma coesão incrível e de uma sonoridade rica e original, que fundia diversos momentos distintos das décadas de 60 e 70 e somava a isso as letras angustiadas de Morrisey e a genialidade guitarrística de Jhonny Marr.

O fator decisivo  para a banda ter se tornada clássica, foi a concepção de um início ,meio e fim bem definidos.

Se muitos fãs da banda se consideraram orfão após o lançamento de Strangeways here we comes, a internet ajudou a amenizar essa lacuna através de blogs e ou comunidade em sites de relacionamento que disponibilizaram vasto material pirata e/ou alternativos dos anos em que Morrissey, Marr,Rourke & Joyce deram o ar de sua graça juntos.

Em contrapartida, as gravadoras descobriram um filão milionário exatamente após o fim da banda, as execráveis coletaneas.

Se Best Vol I, lançado em 1992, vendeu 435 mil cópias desde o seu lançamento, somente nos Estados Unidos, a coletânea oficial Louder than Bombs, de lados B e Singles, vendeu no mesmo período 416 mil unidades nos EUA.

Isto somado à crise mundial por que passam as gravadoras, faz com que cada vez mais e para evita prejuízos elas invistam no líquido e certo. É o caso da coletânea "Hang the DJ: The Very Best Of The Smiths" , que será lançada no dia 07 de outubro (nos EUA) em formatos simples e duplo.

A edição simples conterá 23 sucessos e o disco bônus trará lados B e versões alternativas dos clássicos da banda.

A coletanea não conta com o aval dos ex membros da banda, Morrissey, por exemplo, declarou em seu site que não autorizou o seu lançamento, e já pediu aos fãs que não comprem o produto.

Muitas das música, principalmente as do disco bonus, são versões ao vivo rematerizadas e trabalhadas dos melhores takes dos supra citados albuns piratas da banda, facilmente encontrados na internet.

Para os fãs incondicionais, isto pode fazer certa diferença, principalmente em relação à qualidade sonora, mas a pergunta que fica é: Quem precisa de mais uma coeltânea dos Smiths?

De Artic Monkeys a Oasis, passando por Kate Moss.

 

Era apenas um boato, mas em entrevista a BBC, Josh Homme, do Queens of the Stone Age confirmou que vai produzir o terceiro disco do Arctic Monkeys cujas gravações  serão realizadas no Rancho De La Luna Studios, Califórnia.

Enquanto isso, Frank Black confessou ao NME que, apesar de ainda não estar nada decidido, existem grandes chances de haver um sucessor de Trompe Le Monde , último album de inéditas do Pixies,  de 1991, segundo ele, teria de ser algo "completamente novo"."Tenho de ver se a banda, como um todo, quer ir para estúdio gravar um novo disco", disse o líder da banda.

De acordo com ele - Por um lado faz sentido. Tem de haver um ângulo. Não podemos continuar a tocar as nossas músicas antigas para sempre-

Ainda na seara dos lançamentos / parcerias, Fatboy Slim está com projeto novo. The Brighton Port Authority, ou BPA. Uma das faixas é "Toe Jam", que tem nos vocais Dizzee Rascal e David Byrne.

Uma notícia boa:

Kate Moss é a estrela do novo vídeo da banda inglesa We Are (Not) Sex People.  A modelo britânica, que já participou em vídeos dos White Stripes, Primal Scream e Marianne Faithfull, irá aparecer nua no videoclip, participando de uma orgia em um bordel.
A ideia da banda é recriar o bordel House of Cyn, um dos mais famosos de Inglaterra nos anos 70 e 80.

A Kate Moss caberá desempenhar uma versão "jovem e sexy" de Cynthia Payne, a dona desse bordel.
De acordo com o vocalista da banda, Dan Summers, na orgia do Clip Kate Moss irá contracenar com um homem mascarado de coelho gigante.

Uma notícia chata:

Steve Foley, o baterista dos Replacements no último ano da banda, morreu no passado fim-de-semana, vítima de uma overdose acidental aos 49 anos.

Entre 1990 e 1991, Foley substituiu Chris Mars na bateria da banda, acompanhando a digressão do último álbum editado pelo grupo - All Shook Down.

O novo album do Oasis,"Dig Out Your Soul" ainda não caiu todo na rede. Apenas algumas faixas, como "The Shock of the Lightning", "Falling Down" e "Ain't Got Nothin" já vazaram.

Segundo a rádio francesa NRJ a imprensa inglesa não mentiu quando disse que o novo álbum do Oasis é excelente.

ainda de acordo com a rádio:

“Dig Out Your Soul” é um real tesouro musical e é sem dúvida a melhor obra de estúdio dos irmãos Gallagher.
- As novas composições saem do habitual e se orientam para novos sons. O progresso entre as partes da obra é extremante coerente.
-A energia do álbum começa crua nas primeiras canções e vai ficando mais sofisticada ao final.
-Os Gallagher deixaram de lado seu som britânico popular e se concentraram muito mais em um rock cru, às vezes ligado ao folk. E é muito pesado, especialmente “(Get Off Your) High Horse Lady”.
- Existe um excesso de arranjos precisos nas introduções das músicas e a bateria revela uma grande eficiência aos sons.
-Tantos os que amam quanto os que odeiam a banda irão encontrar algum motivo para amar este novo álbum.

Sei não, mas como pretensão e egolatria contam mais para a banda do que o som propriamente, prefiro escutar primeiro e emitir opinião depois, abaixo uma amostra do novo trabalho:

No Heroics

Talvez a melhor série de 2008, uma alternativa britanica a Heroes,que, no entanto , não se leva a sério.

Infelizmente os canais a cabo no Brasil raramente passam séries britanicas , que são , em grande parte, muito mais sagazes e interessantes do que 90% das séries americanas.

ainda bem que Deus inventou os torrents...

O Bom Centauro à Toca Retorna!!

ALEAUGO8 156

Pois é, estou de volta, depois de quase um mês (ou mais de um mês) fora. Estive trabalhando e sem possibilidade de pesquisar coisas bacanas, mas as vezes as coisas bacanas surgem de onde menos esperamos, como eu uma praça na Recoleta, Buenos Aires,em uma  ensolarada tarde domingo.
Uma banda monta um equipamento mínimo , extrai um som máximo, e  impressiona os incautos traseuntes

O nome da banda:
Digitales (esses da foto que inicia o post).

O Som:

Uma mistura de Surf Music com o Melhor Indie Rock, no entanto, totalmente instrumental-

O Album:

Assim que cair na toca ponho no ar para vcs conferirem!

Para tornar esse fim de mês um pouco mais feliz, saiu o novo album do  The Verve -Forth , um dos lançamentos mais aguardados do ano.

a Toca conferiu e aprovou!

jsmz5e

Bom ,por enquanto é  isto!

Logo volto com mais novidades!

Saludos centaurinos!!!

Directamente de Bueños Aires

Prezados, estoy en Argentina, a trabajo!
peco desculpas pela ausencia e prometo, em breve, abastecer a toca com as coisas mais bacanas que encontrar por aqui.
por enquanto, algo nada a ver com a Argentina, mas aproveitando as olimpiadas da china, uma banda desconhecida formada por típicos chineses:



Salludos Centaurinos!!!

RCD CHOICE # 3

Saiu o segundo volume da terceira coletânea RCD CHOICE, elaborada por membros da comunidade RCD (Rock Communitie Dowloads).
Este número da coletanea foi dividido em dois volumes, como forma de representar satisfatóriamente a grande quantidade de colaborações e evidenciar o caráter eclético dos membros da comunidade.
Segue abaixo :

RCD CHOICE # 3 Vol I


Tracks:

1-Laura Marling – Ghosts
2-The Music--Strength In Numbers
3- Primal Scream - Can't Go Back
4- The Dandy Warhols - Now You Love Me
5-My Morning Jacket- Sec Walkin’
6- The Shortwave Set - Sun Machine
7- Veto - You say yes I say yes
8- The search – Distant
9- Marina & The Diamonds - We've got Obsessions
10- The Kooks - Young Folks
11- Our Broken Garden -Visible To You’
12- Black Kids - Hurricane Jane (The Twelves Remix)
13-Versus –Ladytron
14- Sonic Youth - Slower Revolution
15- Guillemots - Don't Look

Link:

Download




RCD CHOICE 3 Vol II (AKA RCD CHOICE #4):


Tracks:

1-Face Down in the right town-Earlimart
2-Impossible-Studio
3-Words on Logs-Francis International Airport
4-I Fly- CSS
5-Volcano-Beck
6-Lupe Brown- The Frattelis
7-I Wish I Had a wooden Heart-David Homes
8-Until we Bleed- Kleerup
9-Porta retratos- Wander Wildner
10- Sleep when i'm dead- The Cure
11- Dance wiv me -Dizzee Rascal feat. Calvin Harris and Chrome
12- Mine Me I -Blackmail
13-Troublemaker- Weezer
14-Charlotte -Booka Shade
15.Mover -The Verve

Link:

Download



Enjoy it

Echo & The Bunnymen -Nothing Lasts Forever

Atualizações!


Prezados,

Acredito que tenham percebido algumas mudanças no layout da Toca.
nada muito radical, mas acrescentei algumas funcionalidades para proporcionar
uma visita mais interativa e menos monótona.
Primeiramente, voltou a Last FM, que eu tinha tentado substituir por outros players/rádios, porém, insatisfatóriamente.
A Last FM agora tem página no Brasil, o que melhorou a velocidade do carregamento das músicas, de forma que passou a ser menos irritante a espera.
foi incluído um tradutor no canto superior direito da tela, para auxiliar quem tem dificuldade com o portugês.
Da mesma forma, também foi inserido um buscador de vídeos para o Youtube.
Agora há também um ícone para Chat em pop up no canto inferior direito da página.
Já havia sido inserido antes um widget que apresenta em tempo real o local de acesso ao blog.
Algus comentários sumiram dos posts após a inclusão de um aplicativo que permite postar comentários e discutí-los em tempo real (como em um chat).
Peço desculpas àqueles que tiveram seus comentários apagados, da mesma forma peço que continue cometando, critcando, elogiando ou sugerindo melhorias.
Estarei sempre trabalhando no intuito de tornar sua visita a este blog uma experiencia agradável para você, que é a razão dele existir.
saudações Centaurinas.

Joy Division by Grant Gee




Documentário lançado este ano e dirigido pelo Britanico Grant Gee, que em 1998 dirigiu o documentário Meeting People Is Easy sobre a exaustiva turnê que sucedeu o lançamento do genial Ok Computer, do RadioHead

Gee é diretor de cinema e residem atualmente em Brighton. Inglaterra.
No início da década de 1990 , trabalhou na Zoo TV Tour, do U2, e colaborou com o experiente diretor e filmmaker Mark Neale (cujo vídeo de Stay do U2, dirigido em parceria com Win Wenders lhe rendeu uma indicação para o MTV Awards de 1994) em vários projetos ,através da produtora Britanica Kudos Production, entre eles "The Memory Palace", um projeto experimental multi-midia, combinando filmes e perfomances ao vivo para a Expo 92.

Em 1996, dirigiu um curta de vinte e sete minutos encomendado pela banda Spooky para o lançamento do álbum " "Found Sound". O filme foi exibido em um ciclo contínuo fora do Centro Georges Pompidou, em Paris, como parte da sua reabertura.

o documentário, simplesmente chamado “Joy Division”, examina a história da banda e exibe cenas inéditas do grupo ao vivo, ensaios e reproduz fotos pessoais dos ex-integrantes,trazendo entrevistas com Tony Wilson, dono da gravadora do grupo, Factory Records, morto no ano passado, com os membros do grupo e com Annik Honoré, a jornalista belga com quem Ian Curtis teve um caso.
O baixista Peter Hook comentou que o documentário seria “resposta perfeita” ao filme “Control”, de Anton Corbijn, no entanto as diferenças entre o documentário e o filme são meramente uma questão de abordagem.

Enquanto o documentário procura desmistificar o cantor através de uma abordagem mais humanista, o filme, adaptado do livro biográfico de Deborah Curtis, esposa de Ian, só contribui para o aumento da lenda.

Outra difereça entre os dois é que enquanto Control apresenta uma narrativa mais romanceada e universal ,Joy Division , com descrições detalhadas de gravações e outros pormenores de sua curta carreira, será melhor apreciado para quem já tem algum conhecimento prévio da banda
O Documentário, dividido em 4 partes, teve as legendas originalmente traduzidas para o português da versão sueca, o que, em alguns casos, pode dificultar a compreensão (no caso do seu inglês não ser assim, uma Brastemp)

para baixar, clique nos links abaixo:

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4

O Albúm Perdido dos Beatles

Em 1975, secretamente, os Beatles teriam voltado a se reunir em um estúdio.
Uma aposta dos quatro membros do grupo, de que George e Ringo formariam uma dupla de compositores ainda melhor que Lennon & McCartney, levou cada dupla agravar 6 canções, que compuseram o álbum “Verses”, nunca lançado, cuja capa só agora foi divulgada :




Perplexo?

Na verdade, esse fato estarrecedor não chegou a acontecer.
Primeiro por que todos sabem que naquela época o relacionamento entre os integrantes do FAB FOUR ainda estava bastante abalado pelo recente fim da banda, no início dos anos 70.

Depois que um álbum completo, composto pelo quarteto após o fim da banda, além do inquestionável valor antropológico, seria uma mina de ouro para qualquer gravadora que tivesse acesso ao material.
Ainda que aqui e acolá ainda sejam encontradas raridades dos Beatles, como uma entrevista concedida em 1964 e recentemente localizada em alguma garagem de Londres, seria praticamente impossível um trabalho como este ter ficado incógnito por 33 anos.

"Verses" faz parte de um projeto/exibição sensacional, "Lost Masters", do artista Max Lowry ,Centrada no conceito de 9 álbums 'perdidos' de alguns dos maiores nomes da história da música popular como os Beatles, Elvis Presley,Jimi Hendrix, Prince e Madonna.

A idéia é apresentar uma ilusão divertida e intrigante, do tipo 'e se isso realmente aconteceu? em um ambiente em que colaborações imaginárias entre alguns dos artistas mais amados do mundo ganham vida.

Para conferir a brincadeira e juntar-se a ela, você deverá acessar o site, que permite ainda que você crie sua própria obra-prima perdida:

Lost Masters


Ainda em relação aos Beatles, a entrevista perdida (e real) foi Gravada por uma rede de TV escocesa em 30 de abril de 1964, a entrevista ficou guardada desde o dia em que foi exibida.
O rolo de filme que continha as imagens foi encontrado por acaso em uma garagem, em Londres, pelo jornalista britânico Richard Jeffs.

Na conversa, que dura pouco mais de nove minutos, John Lennon conta como conheceu Paul McCartney. Os dois também falam sobre o processo de composição das músicas dos Beatles.

Matéria da BBC

Echo no Jô



Essa semana fiquei apoplético, embasbacado, quase em estado de choque diante da TV, explico:
De férias, sem ter muito o que fazer e acometido de uma insônia crônica, deixei a TV ligada para ouvir as notícias do jornal da globo, tipo pra ver se pegava no sono, fiquei para lá, para cá e nada...
Aí começou o programa daquele gordo insuportável, que eu , inocentemente, considerava alguém com conteúdo lá pelos meus 16 anos, mas cuja formula já não serva mais para nada.
Minha implicância com Jô soares é pessoal e nem quero e muito menos pretendo que você concorde com ela, é uma antipatia mesmo, alimentada por anos de observações inúteis sobre a imitação Brazuca do Larry King Show.
-Então, estou eu lá, impaciente com o sono que não chega, irritado com a falta de opção, quando de repente o gordo chama quem... Quem...
Echo and the Bunnymen.
Primeiro tive a impressão que estava tendo um daqueles sonhos que a gente se dá conta que está sonhando e tenta controlar os acontecimentos (nunca aconteceu com você?)
mas aí me dei conta que eram eles mesmos.
Meu inconsciente não reproduziria um Ian Macculoch tão adoravelmente bêbado, sacaneando o Jô, tentando ser britanicamente simpático e tocando Lips Like Sugar com a voz tão estragada por anos de manguaça e tabaco e , depois ,voltando para finalizar o programa com The Killing Moon (abaixo)
Ainda assim o Echo que eu ouvi durante minha adolescência estava ali, na TV, no Brasil, e me bateu uma raiva por não estar em São Paulo, ou em Curitiba, ou em Porto Alegre, para poder assistir ao show de uma banda que faz parte da história da minha vida, cujas músicas estão na soutrack da minha existência.
Já fazem 4 anos do show do Pixies, e se naquela época eu havia conseguido o impossível, ainda não seria dessa vez que veria o echo ao vivo.
Restava me contentar com aquela, ainda que mísera, apresentação ao vivo na TV, tentar me empolgar como quando eu tinha 15 anos e assistia ao Rock In Rio 2 pela Globo, ao ainda ao Hollywood Rock uns anos depois
-Restava assistir Mr Lips e os Bunnymen no Jô e torcer para que em algum lugar no infinito tempo e espaço eu ainda tenha a oportunidade de vê-los ao vivo, bêbados, velhos, mas ainda assim, encantadores.

Echo & The Bunnymen no Jô Soares:

Coldplay or The Song they didn't wrote

Acusações de plágio não são novidade na música Pop, pelo contrário, são até bastante comuns, no entando, dificilmente quem acusa apresenta o ônus da prova.
As vezes simples coincidencias são tratadas como plágio.
no caso abaixo, a coincidencia melódica é de fato estarrecedora, pode ser plágio, pode não ser, tirem suas próprias conclusões:

RCD CHOICE # 2


Já saiu o segundo volume da coletânea RCD Choice (desta vez com capa e tudo)
a coletanea é produzida com a colaboração dos membros da comunidade que sugerem músicas lançadas no ano de 2008.
Enjoy it

RCD Choice # 2
1- Left Behind - CSS
2- The Worse -Stesso Songs
3- Echoes Round the Sun - Paul Weller
4- Mirando - Ratatat
5- Bitches Leave -Be Your Own Pet
6- Council State - Tricky
7- Psychotic Girl - The Black Keys
8-You could make the four walls cry - The Zuttons
09-The Black Spot - Murder By Death
10 - Nylon Smile -Postishead
11-Red and Purple -Dodos
12-We are Grey Matter- Foward Russia
13-Red Sock Pugie -Foals
14- Cheap and Cheerful - The Kills
15- Good Time- Crystal Castles
16-C. 16th -These New Puritans

http://rapidshare.com/files/120762693/RCD_Choice__2.rar.html
a senha é RCD2

RCD CHOICE # 1

Coletânea da comunidade RCD do Orkut com o que anda sendo produzido de mais bacana por aí, super recomendável.


RCD Choice # 1 – May 2008



1- Death cab for cutie -I Will Posses your Heart
2- This Is Ivy League -A Summer Chill
3- Audrey- Big Ships
4- Blank & Jones feat. Bernard Summer - Miracle Cure (Radio Edit)
5- Hercules And Love Affair- Blind
6- Wolf Parade -Fine Young Cannibals
7- The Watson Twins- Just Like Heaven
8- Let Go – Windsor For The Derby
9- The Autumn Leaves -Lighthouse
10- MGMT - Time to Pretend
11- The Rapture Feat Timbaland - No Sex for Ben
12- The Wedding Present-Santa Ana Winds
13- Beauty of the Ride - Sea Foxx
14- The Declining Winter - Summer Turns To Hurts
15- The Notwist- On Planet Off
16-Raveonettes - Aly Walk With Me
17- The Snow Leopard – Shearwater
18- Ting Tang –Great DJ

para colaborar com as futuras edições, clique no link abaixo:

RCD CHOICE #2

CSS


Sempre evitei falar sobre o CSS para não parecer antipático ou alguém que torce contra.
A verdade é que sempre achei as atitudes e diparates do Adriano Cintra muito demodé, datadas e cafonas.
A insistencia em falar mal do Brasil, como algo que o incomodava profundamente transparecia um aspecto superficial ,sem embasamento socio-político-cultural, algo parecido com os argumentos vazios daquelas dezenas de brasileiros expatriados, que fugiam para o exterior para sobreviver lavando prato e voltavam cagando goma, como se vivessem em uma luxuosa suíte do palácio de Buckingham, quando todos nós sabemos exatamente qual o tratamento dispensado a imigrantes ilegais.
Esse deslumbre provinciano sub-desenvolvido, típico de mentalidades terceiro mundistas da década de 80, me deixava chateado, pois era evidente que se tratava de alguém cuspindo no prato em que comeu.
Quanto à banda, propriamente falando, sempre gostei da sonoridade cheia de referencias , intencionalmente descompromissada (ou não)e com aqueles vocais toscos da Lovefoxx.
Acontece que no rastro do sucesso internacional da banda, o Adriano Cintra foi ficando apagadinho, apagadinho enquanto a luz da LoveFoxx acendia.
Isso me chamou atennção, pois, apesar de não ser ufanista, Luiza Lovefoxxx sempre aparentou manter uma distancia saudável entre o sucesso da banda e suas origens verde-amarelas (ainda que cinzentas)
Não acho que alguém que faça sucesso internacional deva necessáriamente se tornar porta bandeira de seu país , mas acredito que o contrário é uma atitude lamentável, equivocada e desprezível.
Por isto,fiquei positivamente surpreso quando soube que o novo disco do Primal Scream, Beautiful Future, conta com participação da Lovefoxxx.
O album, cujas gravações ocorreram em Estocolmo, sob produção de Bjorn Yttling, do Peter Bjorn & John é o nono álbum da banda e tem lançamento previsto para 21/07, coincidentemente a mesma data prevista para o novo disco do CSS.
Lovefoxx, que recentemente noivou com o guitarrista do Klaxons, Simon Reynolds, vem se tornando a artista Brasileira mais relevante do circuito alternativo internacional.
Isso sem falar meio quilo de abobrinhas por entrevista, como seu colega de banda.
Longa Vida Lovefoxxx