Essa semana fiquei apoplético, embasbacado, quase em estado de choque diante da TV, explico:
De férias, sem ter muito o que fazer e acometido de uma insônia crônica, deixei a TV ligada para ouvir as notícias do jornal da globo, tipo pra ver se pegava no sono, fiquei para lá, para cá e nada...
Aí começou o programa daquele gordo insuportável, que eu , inocentemente, considerava alguém com conteúdo lá pelos meus 16 anos, mas cuja formula já não serva mais para nada.
Minha implicância com Jô soares é pessoal e nem quero e muito menos pretendo que você concorde com ela, é uma antipatia mesmo, alimentada por anos de observações inúteis sobre a imitação Brazuca do Larry King Show.
-Então, estou eu lá, impaciente com o sono que não chega, irritado com a falta de opção, quando de repente o gordo chama quem... Quem...
Echo and the Bunnymen.
Primeiro tive a impressão que estava tendo um daqueles sonhos que a gente se dá conta que está sonhando e tenta controlar os acontecimentos (nunca aconteceu com você?)
mas aí me dei conta que eram eles mesmos.
Meu inconsciente não reproduziria um Ian Macculoch tão adoravelmente bêbado, sacaneando o Jô, tentando ser britanicamente simpático e tocando Lips Like Sugar com a voz tão estragada por anos de manguaça e tabaco e , depois ,voltando para finalizar o programa com The Killing Moon (abaixo)
Ainda assim o Echo que eu ouvi durante minha adolescência estava ali, na TV, no Brasil, e me bateu uma raiva por não estar em São Paulo, ou em Curitiba, ou em Porto Alegre, para poder assistir ao show de uma banda que faz parte da história da minha vida, cujas músicas estão na soutrack da minha existência.
Já fazem 4 anos do show do Pixies, e se naquela época eu havia conseguido o impossível, ainda não seria dessa vez que veria o echo ao vivo.
Restava me contentar com aquela, ainda que mísera, apresentação ao vivo na TV, tentar me empolgar como quando eu tinha 15 anos e assistia ao Rock In Rio 2 pela Globo, ao ainda ao Hollywood Rock uns anos depois
-Restava assistir Mr Lips e os Bunnymen no Jô e torcer para que em algum lugar no infinito tempo e espaço eu ainda tenha a oportunidade de vê-los ao vivo, bêbados, velhos, mas ainda assim, encantadores.
Echo & The Bunnymen no Jô Soares:
2 comentários:
10:45 AM
Lados opostos de um mesmo ponto...
Essa semana passou no programa citada oS Bambaz uma banda de pagode desqualificado aqui da Bahia...
Bom, fico a me questionar o que levou a produção a fazer tal convite...
Ah capitalismo bruto!
6:49 PM
Echo é ducacête ein Alê....muito legal!!!
o JÔ como escritor também é uma lástima... ele é um chatonildo mesmo.bjão procê.
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