Gossip cancela shows no Brasil

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O Gossip cancelou as quatro apresentações que faria no Brasil na semana que vem.
A banda de Beth Ditto tinha show marcado no dia 19 em São Paulo, no festival Virus Chilli Beans, promovido pela marca de óculos.
O grupo também deveria se apresentar em Porto Alegre, no dia 13, Belo Horizonte, no dia 17, e no Rio, no dia 20.
A assessoria de imprensa do evento deve divulgar comunicado oficial sobre o cancelamento ainda nesta sexta-feira.
É a segunda vez que o Gossip cancela shows no país. Em 2008, eles eram uma das atrações do Tim Festival, mas desmarcaram a participação.
Na época, a banda alegou "inesperado conflito de agendas". (FolhaOnline)

Pavement- Quarantine in The Past

E ai você clica no play para ouvir a mais nova  coletânea sobre aquela banda que para você surgiu ontem, mas que no mundo cronológico real , já acabou e renasceu, tal qual centenas de Fenix’s oportunistas nos útimos tempos (anos? décadas?…)

O parágrafo anterior poderia se aplicar a muitas destas aves mercadólogicas, mas a citação, neste caso específico, vai para “Quarantine in the Past”, do Pavement.

Falar sobre o Pavement, para mim, é como traçar um paralelo imaginário, não coronológico, com sensações sonoras que não recordo de experimentar na última década –ok, uma marolinha aqui e outra acolá-como experimentei nos já longiquos anos 90.

É falar sobre a ascenssão da música indie ao panteão do Rock, dos estrelados albuns das bandas “fichadas” como Grunge, numa época em que o verdadeiro lixo estava infestando os dials das rádios em escala mundial. E aí surgiram essas “coisas”, como Nirvana, Mudhoney, Soundgarden, e ofereceram para o mundo Pop uma série de possibilidades descartadas desde o início dos anos 80 em detrimento de uma linguagem fácil, maniqueísta e muito, muito divertida, que fora a New Wave e todas as suas subdenominações.

Mas voltando ao Pavement, já com a mídia corrompida por três acordes e os frutos da invasão de Seatle fazendo a festa em festivais mundo afora, naturalmente tudo começou a ficar chato, repetitivo, monótono e, em um dia qualquer, você se pega envolvido em uma certa aura estranha, ouvindo uma banda que parecia aquilo tdo mas ao mesmo tempo não era nada daquilo.

Talvez o sol da California em contato com a substancia “grunge” produzisse um efeito diferente, ou aquilo não tem nada a ver com grunge, e o que porra é Grunge afinal? do que estamos falando?

O Fato é, a banda, formada em 1989 na cidade de Stockton, California, tornou-se um dos pilares do Rock Alternativo daquela década, onde ser chamado de Alternativo era apenas uma convenção linguistica. O primeiro album da banda, Slanted and Enchanted, possuia um frescor distorcido por melódias pop que não recordo de ter experimentado desde Psychocandy, do Jesus & Mary Chain, alguns anos antes -Isto não é uma comparação, é uma analogia-

A banda lançou mais 4 discos pelo selo Matador e pontuou a década com clássicos como Summer Baby, Cut your Hair e Stereo, porém, graças aos Deuses da boa música, não virou figurinha fácil de comerciais de Shampoo e nem obteve nenhum Boom de vendas.

Esta coletânea vem preparar terreno para o retorno da banda (mais uma…) no entanto, para fãns (e eu odeio essa nomeclatura..)soa como um compendido, um pequeno relicário de boas recordações, ainda que peque em omitir coisas elementares como 'Carrot Rope ",  " Kennel District', 'Silent Kid' e 'AT & T’, o que torna um segundo volume perfeitamente viável, de resto, está tudo lá:

"Shady Lane / J vs S ',' Summer Babe (Winter Version)",
"Trigger Cut / Wounded Kite at: 17 ',' Range Life' ,
"Grounded" e as já citadas ‘Stereo’ e ‘Cut your Hair’

Em outras palavras, é exatamente o que uma coletânea do Pavement  deve ser - um Arco,uma base anarco-pop cheia de falhas propositais, uma espinha dorsal frágil que contempla a estrutura de albuns clássicos de uma década que, para alguns,  não chegou a acabar e já se reinventa cheia de auto referencias, como o Rock Alternativo, comos os Dials em streaming, enfim, como o Pavement.

Eric Avery deixa Jane’s Addiction

Foto: Divulgação

O baixista Eric Avery anunciou a saída do Jane’s Addiction  através de sua página no Twitter depois de completar a turnê australiana da banda na última segunda-feira (1º):
-"É isso. Com o consentimento e alívio de todas as partes, a minha experiência no Jane's Addiction chegou ao fim"-, escreveu o músico.

Seu ex-companheiro de banda, o guitarrista Dave Navarro confirmou a novidade por meio do mesmo site. “Sim, Eric Avery deixou a banda. Aguardem, mas desejamos a ele tudo de bom!”.Avery foi um um dos fundadores do Jane's Addiction e gravou dois discos com o grupo liderado pelo cantor Perry Farrel. Ele já havia deixado a banda em 1991 e se recusou a participar da primeira reunião do conjunto entre 1999 e 2004. Na ocasião, um rodízio de baixistas foi proposto e inclui Flea, dos Red Hot Chili Peppers, entre outros. Avery já havia dado sinais de insatisfação em janeiro último, quando revelou também pelo Twitter que não estava participando das sessões de gravação da banda.
De acordo com a revista norte-americana "Rolling Stone", o provável substituto de Avery será o ex-Guns and Roses e Velvet Revolver, Duff McKagan

Joanna Newsom- Have One on Me

"Have One On Me", o disco triplo de Joanna Newsom, é O assunto da hora. A Harpista de 28 anos, que estudou composição e teoria musical no Mills College, Califórnia,ousou em lançar um disco triplo, em uma época em que muitos dizem que o formato disco morreu.

O trabalho de Newsom tornou-se destaque na cena do indie rock após uma série de apresentações com o cantor e ator Will Oldham, de onde saiu com um contrato com a gravadora Drag City para produzir o seu primeiro álbum The Milk-Eyed Mender em 2004. Em seguida, saiu em excursão com Devendra Banhart e a banda Vetiver e sua fama começou a crescer, em parte devido a um número de apresentações ao vivo e às participações no The Jimmy Kimmel Show da rede de televisão e de rádio ABC.

Seu segundo álbum Ys foi lançado em novembro de 2006. O álbum traz orquestrações e arranjos de Van Dyke Parks, produção de Steve Albini e mixagem de Jim O'Rourke. Durante uma viagem, Bill Callahan sugeriu que Newsom ouvisse o álbum Song Cycle de Van Dyke Parks. Ela gostou tanto de seu trabalho que o convidou para participar dos arranjos do seu álbum Ys.

o "NYT", o "Guardian", o "Pitchfork", o "LA Times", a"Paste", a "Spin", parece que (quase) todo mundo adorou o novo trabalho da mais famosa harpista da música pop.

Aqui tem uma boa entrevista de Newsom feita pelo "WSJ" (em inglês).

Abaixo, os mais de dez minutos da faixa título do disco:

Moby vem aí !

Depois de Jonathan Richman, quem irá pintar pelo Brasil será Moby, um dos principais nomes da música eletrônica em atividade,o cara que redefiniu (para o bem e para o mal) a música eletrônica no final dos anos 1990 tem quatro shows marcados no Brasil:

20 de abril - Pepsi On Stage - Porto Alegre
21 de abril - Master Hall - Curitiba
23 de abril - Credicard Hall - São Paulo
24 de abril - Citibank Hall - Rio de Janeiro

Em São Paulo, os preços vão de R$ 100 (plateia superior setor 3) a R$ 400 (pista premium); a pista "comum" custa R$ 200.

Inf. sobre os shows: 4003-5588 (válido para todo o país).

Jonathan Richman no Brasil

Jonathan Richman,o compositor e guitarrista que fundou a espetacular The Modern Lovers em Boston nos anos 70,a principal banda de rock de um disco só de todos os tempos, virá em abril, pela primeira vez no país, para dois shows em São Paulo e um no Rio de Janeiro. As apresentações serão no Studio SP na Choperia do Sesc Pompéia nos dias 15 e 16 de abril, em São Paulo. No Rio, Jonathan Richman se apresentará no dia seguinte, 17, no Circo Voador,

O primeiro e único disco do Modern Lovers, de Richman possui clássicos inquestionáveis como “Roadrunner”, “Hospital”, “She Cracked”, “Pablo Picasso” e “I’m Straight”. A banda era uma versão underground do Velvet Underground no rock lo-fi americano do final dos 60, começo dos 70, o chamado proto punk e colecionou fãs declarados como Lou Reed, Brian Eno, Joey Ramone, David Bowie, Elvis Costello, o Clash e os Sex Pistols. Em 1998 Richman compôs parte da trilha sonora de “Quem Quer Ficar com Mary” dos irmãos Farrelly,no filme, fazia o papel de “narrador” e ficava aparecendo de canto, com seu violão, em várias cenas,atrás de um carro,por exemplo, ou tocando em cima de árvore.

Richman se apresentará acompanhado de seu baterista.

Bowie e a Aposentadoria!

 

David Bowie está passando seus Anos Dourados no anonimato. O ícone roqueiro de 63 anos lançou seu último álbum em 2003 e parou de fazer turnês em 2004, depois de sofrer um infarto na Europa. Pioneiro no uso da internet, não atualiza seu blog oficial desde outubro de 2006, quando revelou orgulhosamente que dublaria um personagem no desenho animado "Bob Esponja".

No ano passado, ele foi a poucos eventos de gala para promover o filme "Moon", de seu filho Duncan. Fora isso, o camaleão parece aproveitar o seu novo disfarce: homem de família, pai de uma menina de 9 anos em Nova York.

"Ele está simplesmente sendo papai, eu acho, na dele", disse a baixista Gail Ann Dorsey, que começou a tocar com Bowie há quase 15 anos. "Não dá para imaginar ele não escrevendo (músicas) ou fazendo alguma coisa, mas vamos ter de esperar para ver."

Marc Spitz, biógrafo de Bowie, está lentamente perdendo as esperanças de que o cantor volte aos palcos, enquanto colegas como Lou Reed e Iggy Pop continuam gravando e fazendo shows.

A ausência de Bowie é ainda mais notável porque o artista lançava um álbum ou compacto praticamente todos os anos desde 1964. Seria como se o igualmente prolífico Woody Allen de repente parasse de produzir, disse Spitz.

Ele lembrou ainda que as pessoas estão habituadas a verem celebridades como David Letterman ou Robin Williams voltarem à ativa após problemas cardíacos, para não falar no ex-vice-presidente Dick Cheney.

Mas, com Bowie costuma cantar músicas alusivas à morte e aos mistérios da vida, Spitz disse que ele poderia ter perdido o apetite depois de chegar "tão perto do abismo".

Em seu livro "Bowie: A Biography", o autor entrevistou pessoas que lhe disseram: "Talvez ele já tenha acabado, talvez tenha dito sua fala". "Algumas pessoas não continuam para sempre, como os Rolling Stones", disse o biógrafo.

Os agentes de Bowie não quiseram falar sobre as atividades do cantor, que também se expressava no passado pelo cinema, a pintura e a fotografia. Bowie e sua segunda esposa, a modelo somali Iman, são pais de Lexi, de 9 anos.

Duncan, de 38 anos, antes conhecido como Zowie Bowie, manteve a família no noticiário no ano passado com seu filme de ficção científica "Moon", recentemente agraciado com o prêmio britânico Bafta.

O cantor  será homenageado com um álbum-tributo previsto para ser lançado em maio, informou o site Twenty Four Bit.

O disco contará com a participação da primeira-dama francesa, Carla Bruni (“Absolute beginners”), do grupo Duran Duran (“Boys keep swinging”) e do ex-guitarrista do Red Hot Chili Peppers, John Frusciante, que se juntou à banda Swahili Blonde na regravação de “Red money”, entre outros.

As bandas MGMT e Soulwax também estrão no disco, porém não tiveram suas regravações divulgadas.

O álbum terá versões limitadas em CD, vinil duplo e em formato digital (para download), este último com músicas extras. Todo o dinheiro arrecadado com as vendas será destinado à entidade beneficente War Child, que protege crianças que vivem nas zonas de guerra mais perigosas do mundo.

De acordo com o site oficial da banda Duran Duran, as regravações devem ser divulgadas em meados do próximo mês.

Veja o repertório do álbum:

Exitmusic, “Space oddity”
Vivian Girls, “John, I’m only dancing”
Megapuss (Devendra Banhart), “Sound + Vision” (em espanhol)
Carla Bruni, “Absolute beginners”
Lights, “World falls down”
VOICEsVOICEs, “Heroes”
Duran Duran, “Boys keep swinging”
Chairlift, “Always crashing in the same car”
Aska e Moon & Moon, “African night flight”
A Place to Bury Strangers, “Suffragette city”
Polyamorous Affair, “Theme from cat people”
Keren Ann, “Life on Mars”
Swahili Blonde (com John Frusciante), “Red money”
Marco Benevento, “Art decade”
Corridor, “Be my wife”
Aquaserge, “The supermen”
Warpaint, “Ashes to ashes”
Rainbow Arabia, “Quicksand”
We Are The World, “Afraid of americans”
Laco$te, “Within you”
Ariana Delawari, “Ziggy Stardust”
Pizza!, “Modern love”
St. Clair Board, “Secret life of arabia”
Caroline Weeks, “Starman”
Amanda Jo Williams, “The man who sold the world”
Mick karn, “Ashes to ashes”

FonteG1