Sonic Youth – The Eternal

Depois de vários anos lançando os seus trabalho pela Geffen, gravadora do grupo Universal, a banda Norte americana Sonic Youth retorna ao mundo independente. "The Eternal", 16º albúm de originais da mítica banda nova-iorquina sairá oficialmente só em junho, mas já vazou na internet e chega para ensinar aos mais jovens como envelhecer com dignidade.

O trabalho é considerado pela própria banda com um dos seus trabalhos mais elaborados. Gravado entre  Novembro e Dezembro, "The Eternal" apresenta várias características próprias de um albúm do Sonic Youth, como os vocais compartilhados entre Kim Gordan, Lee Ranaldo e Thurston Moore, acompanhados de perto por Steve Shelley na bateria e  marca  também a "estreia" de Mark Ibold (ex-Pavement) como segundo  baixista oficial da banda.

Gerard Cosloy, executivo da nova gravadora, a Matador Records, fala assim do novo albúm: "Nunca na nossa história recente, tivemos um grupo que despertasse tão cedo especulação acerca de um novo albúm tão antecipadamente! Basta-nos dizer que estamos verdadeiramente impressionados pela forma como os Sonic Youth se entregaram ao trabalho na concepção e elaboração deste albúm em algo completamente neotérico, sem no entanto, deixarem de soar simplesmente a Sonic Youth! Reinvenções ou não, são apenas dozes canções simplesmente fantásticas!"

O grupo já vinha  aprofundando as melodias desde "Rather ripped" (2006) e  agora, em seu 16ª albúm de inéditas,elas , as melodias,  dividem espaço com os experimentalismos característicos da trupe.Estão presentes aqui todos os elementos que colocaram o SY entre os melhores do rock alternativo. O Novo trabalho será lançado oficialmente No dia 9 de Junho de 2009 em vinil duplo, cd e digitalmente pela Matador Records!

Abaixo o Tracklist do Album:

1. Sacred trickster
2. Anti-Orgasm
3. Leaky lifeboat (for Gregory Corso)
4. Antenna
5. What we know
6. Calming the snake
7. Poison arrow
8. Malibu gas station
9. Thunderclap for Bobby Pyn
10. No way
11. Walkin blue
12. Massage the History

A Selo Matador  está disponibilizando a música “Sacred trickster” para download, para ouví-la, clique aqui

Abaixo, um vídeo de uma apresentação ao vivo, gravado na cidade Italiana de Bolzano:

10 anos da Morte de Adrian Borland (The Sound)

Há exatos 10 anos, em 25 de Abril de 1999, Adrian Borland, compositor ,vocalista e gênio por trás de uma das melhores bandas Britânicas do que se convencionou chamar Pós- Punk, punha um fim a sua carreira, e também a sua vida.

Sufocado pelo turbilhão psiquico e pelo desgaste emocional de uma esquizofrenia, Adrian se atirou nos trilhos de um metrô em Londres, cidade onde vivia.

A Obra do the Sound já foi abordada aqui na toca, em um dos primeiros posts deste Blog, e a banda  continua figurando entre minhas bandas preferidas de todos os tempos, pela musicalidade pungente e pela profundidade das letras.

Muitos comparam a sonoridade da  banda com seus conteporâneos, pricipalmente com o Joy Division, pela similiradade dos temas abordados e pela trágica coincidência do suicídio de seus líderes, o que , no caso do The Sound, ocorreu após o fim da banda, enquanto Borland registrava o que seria o sucessor de su último albúm solo, Hamony and Destruction. O The Sound não teve a mesma sorte e nem atingiu o mesmo sucesso de bandas do mesmo período, como Echo & the Bunnymen e do próprio Joy Division, e,  apesar da qualidade de sua música, jamais cehgou a ser reconhecida, exceto por um pequeno mas importante contigente da fãs que reconheciam as qualidades da banda; Entre esses fãs muitos formaram bandas e hoje, 10 anos após a morte do ídolo, a sonoridade da banda pode ser perfeitamente identificável em banda como Editors, Interpool e She Wants Revenge (entre outras)

Novastar

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Existem certas bandas que pegam você em um determinado momento de distração, em um dia qualquer, onde você distraídamente topa com alguma música em uma coletânea ou escuta na rádio e se pergunta: de onde saiu isso .

Minha mais nova grata surpresa saiu da Belgica, uma banda chamada Novastar, que escutei em uma coletânea de lançamentos de 2008 (e já estamos quase no meio de 2009) .

O refrão da música Because (essa do clip abaixo) ficou reverberando na minha cabeça por toda a tarde de uma insípida –e chuvosa –segunda feira, no trabalho, enquanto tentava me concentrar em atividades, digamos, mais práticas.

Uma busca pela internet, após chegar em casa e lá estava o que eu procurava, informações sobre uma banda incrível, de músicalidade sensível e complexa, e que tenho a honra de compartilhar com vocês.

A banda foi formada pelo cantor e songwriter Belga Joost Zweegers,no início dos anos 90 após o fim de sua outra banda, the Side Burns e passou a ser conhecida no circuito Belgo-Alemão a partir de 1996, ao vencer a competição musical Humo’s Rock Rally, festival patrocinado pela revista  Belga HUMO, de onde saíram bandas como dEUS, Evil Superstars, Das Pop e Admiral Fresbee.

O primeiro album, no entanto, só seria lançado em 2000, logo alcançando o primeiro lugar nas paradas do Ultrapop da região de Flanders ( Devido à Belgica ser dividida em regiões - Flanders e Wallonia- existem dois Top Charts oficiais no país)

O Sucesso do albúm, auto intitulado Novastar, fez com que Zweegers alimentasse a ambição de gravar o que seria o segundo trabalho da banda nos Estados Unidos, no entanto, a pressão da gravadora para que ele produzisse hits fez com que ele voltasse para a Europa para completar as  gravações de Another Lonely Soul, lançado em 2004.

O albúm foi muito bem recebido por crítica e público e banda  recebeu o prêmio de melhor albúm do ano do Belgian TMF Awards.

Nos anos seguintes, problemas pessoais começaram a afetar a banda ocasionando, entre outros reveses, mudança de gravadora e cancelamento de shows.

Em 2008, entretanto, a banda retornou a ativa com o lançamento de seu terceiro trabalho: Almost Bangor e iniciou uma turnê pelos países baixos (Noroeste da Europa).

A sonoridade da banda é, na maior parte do tempo suave, sofisticada e reflexiva, porém produzem hits mais densos, como a tal Because, que grudou feito chiclete na minha cabeça naquela segunda feira que tinha um enorme potencial de nem ter sido registrada na minha memória.

Recomendação da Toca, espero que apreciem !

Para ouvir o último trabalho da banda, clique aqui

Editors e a Música eletrônica

De acordo com  o baixista Russell Leetch o terceiro álbum de estúdio dos Editors vai ser mais eletronico que os trabalhos anteriores:

"acrescentamos às canções  sonoridades diferentes, captadas de antigos e novos sintetizadores , não queremos ficar apenas apoiados nas guitarras. Estamos ouvindo Giorgio Moroder, The Idiot do Iggy Pop, Brad Fiedel, Depeche Mode, Remain in Light dos Talking Heads e Burial, entre outros, Podem ter dito que o novo álbum será mais eletrônico , isso é verdade" Disse o músico no site da banda.

Ainda Não há,  uma data agendada para a edição do sucessor de An End Has a Start de 2007 . Até o momento, a banda possui 10 canções prontas  numa demo e mais 10 para serem ensaiadas. 
Os Editors se formou em Birmingham, Inglaterra em 2004, seus membros se conheceram na Universidade de Staffordshire. A banda é formada por Tom Smith (letrista/vocalista/guitarrista), Chris Urbanowicz (guitarrista), Russ Leetch (baixista) e Ed Lay (baterista).

Dinosaur Jr., Placebo, Neil Young e as previsões para Junho !

O Mês de Junho promete!

No dia 23 de junho, o Dinosaur Jr. lança  o segundo albúm após seu retorno, em 2007. O trabalho, que  se chamará "Farm", será o primeiro disco que a banda lançará através do selo Jagjaguwar.

O sucessor de "Beoynd"(2007) foi produzido pelo vocalista e guitarrista da banda : J.Mascis e foi gravado no estúdio Bisquiteen, que o músico possui em Amherst, Massachussets.

Abaixo o Tracklist de Farm:

"Pieces"
"I Want You To Know"
"Ocean In The Way"
"Plans"
"Your Weather"
"Over It"
"Friends"
"Said The People"
"There's No Here"
"See You"
"I Don't Wanna Go There"
"Imagination Blind"

Site oficial: www.dinosaurjr.com

Enquanto isso, o Placebo anuncia o lançamento do novo álbum "Battle For The Sun"para o dia 08 de junho. Será o primeiro sem a presença do baterista Steve Hewitt, que abandonou a banda em 2007.

O Albúm, já está disponível para download no site da banda http://www.placeboworld.co.uk/ o Tracklisto do albúm é:

Battle For The Sun:

'Kitty Litter'
'Ashtray Heart'
'Battle For The Sun'
'For What It’s Worth'
'Devil In The Details'
'Bright Lights'
'Speak In Tongues'
'The Never-Ending Why'
'Julien'
'Happy You're Gone'
'Breathe Underwater'
'Come Undone'
‘Kings Of Medicine’

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E para não perder o trocadilho infame, já que abrimos o post com um Dinossauro (JR), nada melhor do que fechar com o Tiranossaurus Rex do Rock, o super Neil Young, cujo novo lançamento não será em Junho ("Fork in the Road", seu 31º álbum  solo chegou as lojas no último 07 de Abril.) No entanto, em Junho, chega as lojas o primeiro volume da compilação de Neil Young, "Archives" que será comercializada em 3 versões : Cd (oito discos), DVD (dez discos) e Blu-Ray (dez discos).  o conteúdo desse primeiro volume incluirá também músicas inéditas, concertos, um livro e o filme "Journey Through the Past", editado comercialmente pela primeira vez desde a exibição em cinema, nos anos 70.

A edição de luxo de "Archives Vol. 1 1963 -1972" já pode ser encomendada no link :Neil Young Archives

Saudações Centaurinas!

E Espero que tenham gostado do novo Layout do Blog : )

Moby –Wait for me

Intitulado de  “Wait for me”, o próximo albúm do cantor e produtor Moby será lançado no dia 30 de junho ,conforme anuncio do artista nesta terça-feira (14) .

A primeira faixa a ser divulgada foi  “Shot in the back of the head”, cujo clipe, em animação,foi  criado e dirigido pelo cineasta David Lynch, criador da série Twins Peaks, de onde saiu o Sample do Hit “Go” (Tema de Laura Palmer), seu primeiro sucesso na Inglaterra, em em 1991 , Lynch que também é conhecido por fimes como Veludo Azul , Coração Selvagem e Estrada Perdida, serviu de inspiração para o disco, graças a uma palestra sobre criatividade que fez com que o músico deixasse as pressões mercadológicas de lado e se “concentrasse em fazer algo que eu amo”.

DJ de música eletrônica na década de 1990 e músico punk nos anos 80, Moby  ficou famoso mundialmente com o álbum “Play”, de 1999, que misturava eletrônica com canções tradicionais do sul dos EUA. Seu último álbum "Last Night" de  2008 foi comentado aqui na Toca como uma das boas surpresas do ano que passou.


Abaixo o Tracklist do album:

01 "Division"
02 "Pale Horses"
03 "Shot in the Back of the Head"
04 "Study War"
05 "Walk With Me"
06 "Stock Radio"
07 "Mistake"
08 "Scream Pilots"
09 "Jltf 1"
10 "Jltf"
11 "A Seated Night"
12 "Wait for Me"
13 "Hope Is Gone"
14 "Ghost Return"
15 "Slow Light"
16 "Isolate"

1001 Discos para baixar antes de morrer

O Livro já é até antiguinho, já já vira clássico (numa época em que para virar clássico não é preciso esperar nem 6 meses), mas aí alguém teve o insight de por os tais 1001 discos organizados para download –uma atitude louvável, diga-se de passagem- uma vez que sair por aí peneirando um por um poderia dar um trabaaallllhhhooo…

Ok, a lista ainda não está completa (a data final prevista é 10 de abril) e dúvido muito que daqui para lá todos os links estejam Ok, mas já é um bom começo.

Para acessar o Site clique no link abaixo e só deixe para morrer depois de ter conseguido ouvir todos!

1001 Discos para ouvir antes de morrer !

Saudações Centaurinas !

Woodstock no Século XXI

Se cada época tem o festival que merece, será que o século 21 seria um lugar adequado para um novo festival de Woodstock?

fiquei me perguntando isto ao receber a notícia que uma comemoração aos 40 anos do mítico festival está sendo pensada para o próximo verão americano. Não que seja de todo ruim, afinal a marca é muito forte, mas a associação de qualquer festival com o clássico deveria ser analisada sob outro prisma.

Os anos 60 foram anos de ruptura política e principalmente comportamental, seu maior eco é justamente o supra citado festival, que nasceu sem maiores pretensões e se tornou um marco justamente por  isto, pelo impacto de culturas que não tinham a princípio outro denominador comum que não não fosse a ousadia e a liberdade de expressão numa época onde os meios comunicação tinham uma função e propósitos bastante distintos dos que tem hoje.

A década de 90 tentou reviver Woodstock e fez feio, poderia ter sido qualquer festival, com qualquer nome, mas o fato de se auto proclamar uma reedição teve um efeito nefasto sobre o evento, algo como tentar construir um novo world trade center, para ficar em uma analogia próxima. Por mais que se chamasse world trade center, fosse no lugar do world trade center e tentasse se parecer com as torres destruídas no 11 de setembro, não apagaria da memória coletiva do planeta o caráter devastador do evento que culminou na queda das torres, seria uma simples e pálida sombra, um monolito à memória de uma geração.

O festival de woodstock é algo próximo em uma direção oposta, ingênua até, belo por ser utópico, impactante por ser espontaneo e único por ter sido gerado em uma conjutura própria, por fatores que não se repetirão em nenhum outro momento.

A lembrança profanada tem um peso imenso, ela –a lembrança-jamais poderá ser copiada em sua integridade o que é uma virtude, já a sua cópia nasce como um bebê acéfalo, com o corpo completo, porém sem o motivo de sua existencia !