Courtney x Grohl (Com quem você tomaria uma cerveja?)



Um dos diferenciais do My Space em relação as demais comunidades virtuais foi colocar ao acesso do publico as páginas pessoais de celebridades (ou quase) do mundo da música. Essa aproximação , no entanto, tem lá seus efeitos colaterais.
Antigamente, cabia à imprensa especializada vilanizar ou elevar a categoria sacrossanta este ou aquele artista, hoje em dia , sem o aditivo inflamável da palavra impressa, passamos a enxergar nossos artistas com olhos demasiadamente humanos, através de suas próprias palavras e sem tendencias impostas.
Desta forma, temos a oportunidade de tirar o peso das influencias em nossas conclusões. Um exemplo disto é o embate que vem acontecendo entre a polêmica cantora-e-atriz-e-viúva-de-Kurt Cobain , Courtney Love e o crítico do Jornal Village Voice, Rob Harvilla, que , em uma resenha sobre o show do Foo Fighters no Madison Square Garden, em Nova York, iniciou o texto declarando : “No Rock de Arena, como na política, nos votamos no candidato com quem gostaríamos de tomar uma cerveja”
O texto tece loas a apresentação da banda, a qual o crítico exalta as qualidades e conclui:
“E agradeço a deus por isso, por esses dias em que Dave vem alcançando unanimidade, quando Existem poucas preciosas bandas de rock americanas, que são deixadas de lado pela indústria dos indicados ao Grammy e capas de revistas chamativas” .
A Crítica enfureceu Courtney, que em sua página no My Space, revidou:
“Tomar um cerveja com quem?
Eu jamais iria votar em um presidente baseada no fato dele ser uma pessoa com quem eu gostaria de tomar uma cerveja. Isto é enlouquecedoramente sexista, e mais que isso, é burrice! Cerveja nem mesmo é bom”
e continua:
“Eu já fiz um monte de coisas com um monte de Roqueiros de Arena, entre elas: fazer sexo, cheirar uma carreira, cortar frutas para uma salada de frutas, visitar a casa deles no sul da frança...etc”
No fim , Courtney conclui que se trata de um ponto de vista do crítico e que está bastante despontada com uma instituição (o Village Voice) que enaltece uma banda medíocre.
O Foo Fighters pode não ser a banda mais original do planeta, e nem o pretende , é uma banda honesta, cujo carisma depende em parte da empatia que Dave Grohl, seu líder , exerce sobre o público, através de clips divertidos e de músicas bem sacadas, que não se atém a ditadura do momento, talvez daí venha seu sucesso, da atemporalidade de suas canções.
Courtney tem um estigma de malandragem que descredencia qualquer opinião sua a respeito de qualquer assunto, seu melhor disco, Live Thoug This, é uma obra do Nirvana, o sucessor, um disco de Billy Corgan.
O fato de ter sido Grouppie durande toda a década de 80 a proporcionou estar sempre bem cercada, e como nunca foi tola ,ela soube canalisar e tirar proveito de suas companhias.
No entanto,a seu respeito, não se vê nenhum comentário positivo na mídia a um bom tempo, seus projetos, se existem ,não repercutem e suas ultimas aparições na mídia, invariavelmente, estiveram relacionados ao abuso de substancias ilícitas.
Demonstrou ser boa atriz e faz bem o papel de Rocker Outsider, mas uma olhada mais próxima desmonta o personagem.
O embate público entre ela e os demais remanescentes do Nirvana é antigo, vem desde a morte de Cobain e cada vez fica mais evidente o incomodo que é para ela o sucesso da banda de Grohl.
Agora, pelo My Space, ficou mais fácil encontrar o buraco da fechadura.

Para entender a polêmica, clique nos links abaixo:

Matéria do Village Voice


My Space de Coutney Love

Madonna 2008 (De novo e Sempre !)



A César o que é de César!
apesar de muitos torcerem o nariz, a indústria em torno da cantora Madonna não dá sinais de arrefecimento.
O novo álbum da cantora, intitulado Hard Candy, já tem data de lançamento: será 29 de abril, de acordo com a agência de notícias Reuters.
De acordo com o comunicado, Madonna afirmou ter adotado o tema por "adorar doces".
"Tem a ver com a sobreposição de algo com força e doçura, como Madonna explica: 'I'm gonna kick your ass, but it's going to make you feel good.'
(algo como 'Eu vou acabar com você, mas você vai se sentir bem')", informa a nota.
O primeiro single do sucessor de Confessions on a Dance Floor, de 2005 será "Four Minutes" que ao lado de "Candy Store" integrará a lista completa de músicas, que ainda não foi divulgada.
Este será o último álbum de inéditas de Madonna pela Warner.
A cantora, que recentemente assinou um contrato de dez anos e 120 milhões de dólares com a novata Live Nation, irá lançar ainda uma coletânea de sucessos pela gravadora.
O álbum tem a participação de Justin Timberlake e foi produzido por Pharrell Williams, Timbaland e Nate "Danja" Hills.
Timberlake tem participação em diversas faixas do novo albúm e irá também apadrinhar a entrada da cantora no Rock and Roll Hall of Fame no próximo dia 10 de março ,em uma cerimônia que acontecerá no hotel Waldorf Astoria de Nova York e cujo homenageado será John Mellencamp, que será apadrinhado pelo cantor Billy Joel.
O Rock and Roll Hall of Fame, com sede em Cleveland (Ohio) ,homenageia nomes de destaque na história da música pop e conta com um museu onde são expostas lembranças, roupas e instrumentos originais das estrelas musicais.
Esta distinção somente é concedida a artistas que gravaram seu primeiro disco a pelo menos 25 anos antes de sua nomeação.
O disco de estréia da Madonna é de 1983.
A cantora, que recentemente estreou como diretora de cinema , disse que seu filme "Filth And Wisdom" (obscenidade e sabedoria), longa-metragem sobre um imigrante ucraniano em Londres irá diretamente para a internet, onde poderá ser baixado,pois acredita que desta forma ele será melhor aproveitado,.
"Estive em negociações com o iTunes para que eles se encarreguem dos downloads. Quero que o maior número possível de pessoas veja meu filme. Não faço nada de maneira convencional", Madona, 49 ,declarou ainda:
"Sou uma principiante. Somente o fato de eu ser uma pessoa estabelecida em uma área não significa que deva fazer o resto de meus projetos com esse mesmo perfil".
"Filth And Wisdom" estrou mundialmente na semana passada no Festival Internacional Berlim, ao lado do filme brasileiro "Tropa de Elite", que saiu vitorioso do festival.
O filme tem como protagonista o músico A.K., um imigrante ucraniano em Londres (vivido pelo músico ucraniano Eugene Hutz, líder da banda de gypsy punk Gogol Bordello). A.K. tem uma banda e distribui demos de seus discos, tentando chegar ao sucesso. Enquanto ele não vem, o músico garante o dinheiro do aluguel com clientes que lhe pagam por encontros sadomasoquistas.
Ele divide um apartamento com Holly (Holly Weston), que ama o balé, mas tem um emprego como dançarina da noite; e com Juliette (Vicky Mclure), que sonha em ajudar as crianças famintas da África, enquanto surrupia frascos da farmácia onde trabalha.
Enquanto Michael Jackson se vale do relançamento de seu álbum de 25 anos atrás para tentar voltar às paradas, Madonna dá sinais que para ela a fonte , além de longe de secar, continua jorrando.
Ponto para ela!
Para matar saudade e fazer um comparativo, abaixo os links do primeiro album e do último (clique sobre o nome do albúm para ouvir!):
Primeiro Albúm (Completo):

Madonna 1983



Último albúm, para ouvir individualmente (música por música):

Confessions on a Dance Floor

Brit Awards 2008




Entre o Grammy e o Oscar , essa semana um sopro de renovação surgiu entre as grandes premiações da indústria do entretenimento, o Brit Awards.
Enquanto as outras premiações privilegiam quem se destacou em termos de venda, o Brit Awards tem um perfil mais próximo do Festival de Cinema de Berlim, apostando mais em tendências e menos no que já foi assimilado pelo grande público.
Apesar de Amy Winehouse ter brilhado no Grammy e ter participado ao vivo da premiação do Brit, quem despontou como sucessora no reinado pop-feminino-de-bom-gosto foi a também britânica Adele, eleita melhor artista pela escolha da crítica.
Adele tem uma bela voz, envereda também pelo Soul e seu disco, 19, tem recebido honrosas críticas imprensa afora, alguns a consideram uma Amy sem drogas.
Nas demais categorias, bem representadas, não houveram grandes surpresas, tendo o Artic Monkeys levado os troféus mais importantes ,Grupo e Album, Os mesmos prêmios que o Foo Fighters angariou como artista internacional.
Paul Macartney recebeu premio especial por sua contribuição à música britânica e resumiu bem o espírito da premiação : Pra mim, a música britânica é a melhor!
A cerimônia foi comandada pela família Osbourne e teve um de seus grandes momentos quando, em uma inusitada parceria, a cantora Rihanna e o trio Klaxons mandaram uma versão de "Umbrella", grande sucesso de Rihanna, mixada com "Golden Skans", do Klaxons.
Houve ainda a participação do artista revelação Mika, que se uniu a Beth Ditto, do Gossip e a cantora australiana Kylie Minogue, melhor artista feminina internacional, que se apresentou na cerimônia, cantando "Wow". Paul McCartney fechou a noite com uma apresentação que incluiu "Hey Jude", "Lady Madonna", "Dance Tonight", "Live and Let Die" e "Get Back”
Mas a noite foi dela, a cantora Adele, mais nova mania do Reino Unido, que de acordo com os críticos será o grande estouro do ano.
O link para o album está no final da página, após a lista dos indicados e vencedores do Brit Awards 2008.

Indicados & Vencedores (em Negrito) do Brit Awards 2008:
Artista masculino
Jamie T
Mark Ronson
Mika
Newton Faulkner
Richard Hawley

Artista feminino
Bat For Lashes
Kate Nash
KT Tunstall
Leona Lewis
PJ Harvey

Grupo
Arctic Monkeys
Editors
Girls Aloud
Kaiser Chiefs
Take That

Álbum

Arctic Monkeys - Favourite Worst Nightmare
Leona Lewis - Spirit
Mark Ronson - Version
Mika - Life in Cartoon Motion
Take That - Beautiful World

Música
The Hoosiers - "Worried About Ray"
James Blunt - "1973"
Kaiser Chiefs - "Ruby"
Kate Nash - "Foundations"
Leona Lewis - "Bleeding Love"
Mark Ronson - "Valerie' featuring Amy Whinehouse"
Mika - "Grace Kelly"
Mutya Buena - "Real Girl"
Sugababes - "About You Now"
Take That - "Shine"

Artista revelação
Bat For Lashes
Kate Nash
Klaxons
Leona Lewis
Mika

Apresentação ao vivo
Arctic Monkeys
Kaiser Chiefs
Klaxons
Muse
Take That

Artista internacional masculino

Bruce Springsteen
Kanye West
Rufus Wainwright
Timbaland

Artista internacional feminino

Alicia Keys
Bjork
Feist
Kylie Minogue

Rihanna

Grupo internacional

Arcade Fire
Eagles
Foo Fighters
Kings Of Leon
The White Stripes

Álbum internacional
Arcade Fire - Neon Bible
Eagles - Long Road Out Of Eden
Foo Fighters – Echoes, Silence, Patience & Grace
Kings Of Leon - Because Of The Times
Kylie Minogue – X
Escolha da crítica:
Adele
Clique para baixar:

Adele -19


Sobre Nick Drake e a Morte de Heath Ledger


Lí recente uma matéria no Google News que mencionava uma interessante associação entre as mortes ator Australiano Heath Leadger e do Songwriter Inglês Nick Drake.
Drake, para quem não conhece, foi um brilhante e obstinado compositor e cantor Inglês, cujo suposto suicídio, em 1974, em muitos pontos lembra a polêmica em torno da morte de Ledger.
Assim como Ledger, Drake também fora encontrado morto e pelo mesmo motivo, intoxicação por medicamentos para dormir, da mesma forma, não havia bilhete de despedida .
Nicholas Rodney Drake nasceu em 19 de junho de 1948, em uma família de classe média-alta em Burma,na Birmania. Aprendeu a tocar piano quando criança e começou a compor suas primeiras melodias. Desenvolveu interesse por esportes, Foi capitão da equipe de rugby, Aprendeu clarinete e saxofone e se apresentava com a banda da escola.
Entre 1964 e 1965 ele formou uma banda com outros quatro amigos intitulada The Perfumed Gardeners de onde foi logo expulso por seu gosto musical, visto como pop demais pelos outros integrantes.
Ainda em 1965, Drake pagou treze libras esterlinas por seu primeiro violão e logo se aventurou no campo dos experimentalismos sonoros , desenvolvendo uma afinação própria.
Em setembro de 1967 conheceu Robert Kirby, estudante de música que orquestraria muitos arranjos de corda para seus dois primeiros discos. Nesta época, Drake descobriu o folk inglês e outros compositores ,sendo influenciado por artistas como Bob Dylan, Josh White, Phil Ochs e Jackson C. Frank.
Começou então a realizar apresentações em clubes locais e cafés de Londres e em fevereiro de 1968 foi descoberto por Ashley Hutchings, da banda Fairport Convention. Hutchings ficou impressionado com sua habilidade como guitarrista e Nick foi recomendado a Joe Boyd, famoso por suas produções, entre elas a de Pink Floyd e Jimi Hendrix.
O primeiro Album, Five Leaves Left, foi lançado em setembro de 1969. A Revista britânica Melody Maker referiu-se ao álbum como "poético" e "interessante" ao passo que a NME escreveu em outubro que "quase não havia variedade suficiente para torná-lo divertido". Foi recebido com pouco entusiamo, a exceção do programa de John Peel, que ocasionalmente tocava algumas faixas. Drake se mostrou descontente com o modo com que o disco foi impresso, com a ordem de execução diferente das faixas e com a omissão de trechos gravados no estúdio.
Embora o reconhecimento gerado por Five Leaves Left tenha sido pequeno, Boyd estava interessado em gravar um novo disco com uma dinâmica parecida. Bryter Layter, novamente produzido por Boyd e tendo Wood como engenheiro, é mais alegre, com elementos do jazz. Como o seu antecessor, o álbum tem a ajuda músicos da banda Fairport Convention e contribuição de John Cale. As críticas foram novamente variadas: enquanto a revista Record Mirror elogiou Drake como "um ótimo violonista, límpido, e acompanhado com suaves e maravilhosos arranjos", a Melody Maker descreveu o álbum como "uma mistura de folk e uma desagradável fusão jazzística"
Embora a Island não quisesse um terceiro álbum, Drake procurou Wood em outubro de 1971 para começar a trabalhar no que seria seu último disco.
As sessões duraram duas noites, tendo apenas Drake e seu engenheiro no estúdio. As sombrias faixas de Pink Moon são curtas, as onze canções do disco têm apenas vinte e oito minutos. Drake tinha manifestado descontentamento com o som de Bryter Layter e acreditava que cordas, bateria e saxofone, criaram um som muito cheio, muito elaborado.
Após a conclusão do álbum, Drake entregou as fitas-mestre no balcão da Island Records, colocou-as junto a recepcionista do balcão e saiu sem falar com ninguém.
As fitas ficaram lá durante o fim de semana e só foram percebidas mais tarde, na outra semana. Voltou a casa dos pais e o seu estado psicológico piorou bastante, se recusou a promover a divulgação do álbum, Sofreu uma crise nervosa que o deixou hospitalizado por cinco semanas Decidiu largar a música e tentar arranjar um emprego, Desistiu disso, e no resto de seus dias fazia viagens ocasionais a Londres e à França, onde visitava amigos.
Em julho de 1974, Nick procurou Boyd dizendo que tinha algumas canções para gravar, essas canções viriam a ser seu quarto álbum, mas ele desistiu das gravações e não teve tempo de retomá-las. Depois de ter passado a tarde visitando um amigo, fora dormir cedo e a certa hora da madrugada deixou o seu quarto para ir à cozinha - sua família recorda que ele fazia isso inúmeras vezes- retornou entâo ao seu quarto um pouco mais tarde e tomou alguns comprimidos para "ajudar a dormir". Por conta da dificuldade em adormecer, muitas vezes ficava até altas horas da noite tocando e escutando música, em seguida dormia boa parte da manhã. Por volta do meio dia sua mãe foi acordá-lo porque ele parecia estar dormindo há muito tempo...". segundo ela Nick ocupava toda a cama por conta de sua estatura, e que a primeira coisa que observou foram "suas longas pernas... a sua longa perna". Nick Drake havia morrido.
Não houve nota de suicídio, porém, uma carta dirigida a Sophia Ryde, a possível namorada. Nela, haviam apenas o versos "Now we were, we are every were", retirados da canção "Which Will", de seu último álbum. No inquérito de morte, o investigador notificou "intoxicação aguda de amitriptilina auto-administrada quando sofria de uma doença depressiva", e concluiu o veredicto como suicídio, fato contestado por alguns membros de sua família.
Heath Ledger era obcecado por Nick Drake, declarara sua admiração em diversas ocasiões, chegou inclusive a gravar uma homenagem ao ídolo, em um vídeo onde afoga-se em uma banheira ao som de Black Eye Dog.
A estranha relação entre as duas mortes é um desses casos onde as circunstâncias importam menos que as coincidências.

Abaixo estão os links para admirar a genial e sensível obra de Drake
Recomendo em especial Pink Moon, uma obra prima.

Bryter Leyter


Pink Moon


Five Leaves Left



Special Thanks to Marcel Cruz do

Sacundinbenblog

Thriller : 25 Anos Depois

Em 1984 eu tinha nove anos e lembro que assisti escondido ao clip de thriller, em sua reprise, no fantástico ! havia propaganda o tempo todo na TV, a música já tocava na rádio e principalmente, Michael Jackson, naquela época, estava em todo canto.Como só tinha nove anos, naturalmente, não tinha como mensurar  o impacto do disco  e nem dos clips na cultura pop e muito menos imaginar quem tinha sido aquele rapaz negro que dançava  como eu nunca tinha visto.Minha mãe já havia visto o clip, na semana anterior e o considerou inadequado para crianças, mas eu achava uma sacanagem só eu não ter assistido ainda, todo mundo na escola só falava daqueles zumbis dançantes, do clima de filme de terror, alguns só conseguiram dormir devidamente acompanhados por suas mamães, mas ,claro, não admitiam.Os comentários me aguçavam  a imaginação, era um clip? Um filme de horror? Um quadro do fantástico? Ia virar série? Era tudo uma incógnita ,ao mesmo tempo lúdica e  excitante.As amigas da minha mãe, adultas chatas, falavam que tinham ficado chocadas, que crianças choravam, ficariam traumatizadas, que era um absurdo um negócio daquele passar num horário onde haviam crianças assistindo ( e olhe que na época lembro de dormir cedo, ao menos pelos critérios atuais). Não imaginava aquele rapaz que passava uma imagem tão tranqüila na TV, cara de bom moço, que tinha umas musiquinhas tão legais tocando na rádio, como uma figura ameaçadora, um criminoso em potencial, mas acho que a partir dali comecei a entender na prática um fenômeno que só conheceria na teoria uns bons anos depois, o Marketing.Essa semana ouvi o álbum comemorativo de 25 anos de lançamento de Thriler e aquele garotinho de nove anos saiu por aí cantarolando aquelas musicas que fazem parte do inconsciente coletivo Pop, todas elas. Falar sobre Thriler, o álbum , é redundante, sobre seu impacto na cultura pop, desnecessário, o disco mais vendido da história da música não só consolidou Michael Jackson como astro como trouxe a tona  toda uma série de efeitos colaterais, para o bem e para o mal.À época Recém criada MTV teve grande parte da culpa, pois , também como fenômeno recente , precisava de lenha para sua fogueira, e Michael era uma fonte inesgotável.A cultura negra norte americana, ainda sem a paranóia do politicamente correto, ganhou o mundo, através do Break, da moda, da música e para onde quer que se virasse, havia-se Michael Jackson, da propaganda da Pepsi, - onde ocorreu o fatídico acidente que o fez perder parte dos cabelos -  ao filme ET, cuja narração original de Michael fora subtraída da versão final, oficialmente por problemas contratuais com a Sony, oficiosamente para não ofuscar o filme.  We are the World, we are the children, e lá estava Michael também.Em 1987, ainda apoiado em uma bilionária campanha de marketing, Michael lançou BAD, um disco que nem de longe se comparava ao êxito anterior. Thriller não era o primeiro disco de Michael, longe disso, era o 6° de sua carreira solo, desde que abandonara o Jackson 5, mas incorreu na síndrome no segundo album, aquela onde o cantor ou banda criam uma expectativa tão grande em relaçâo ao próximo trabalho que qualquer deslize pode ser fatal, e no caso de BAD houveram vários deslizes, ainda assim, o albúm teve vendagem astronômica, perto de 36 milhões de cópias, e emplacou pelo menos 5 músicas na primeira posiçao nos EUA.Durante a divulgação de BAD, a publicação de excentricidades sobre a vida de Michael adquiriu contornos enfáticos. Verdades e calúnias  tornaram-se parte do mito criado em torno de Jackson. Foi noticiado, por exemplo, que o astro tentou comprar os ossos e roupas de John Merrick, o Homem Elefante. Que ele teria uma parte do próprio nariz, retirada em cirurgia plástica, conservada em uma jarra dentro de casa. Que dormia em uma câmara hiperbárica para retardar o envelhecimento.O que se seguiu após, de consideráveis fracassos comerciais à famigerada perseguição dos Paparazzi, dos inúmeros escândalos sexuais aos casamentos, só aumentavam a percepção de alguém infeliz e sufocado com pelo próprio sucesso.Hoje com tantas Amys e Britneys soltas por aí com uma garrafa na mão e muitas drogas na cabeça, Michael Jackson se tornou desinteressante para as colunas de fofocas e talvez seja por isso que a reedição de Thriller seja tão bem vinda.Após os últimos 20 anos de infelizes incursões pelas páginas policiais e da divulgação de suas excentricidades, de calunias e erros crassos de auto promoção,  finalmente temos a oportunidade de ouvir  Michael Jackson fazendo o que ele sabe fazer como poucos: a música, e de quebra, em sua melhor forma!
Para ouvir clique

AQUI

REM- Accelerate


Accelerate, o novo álbum do REM, com previsão de lançamento la fora para 1° de Abril (Dia da mentira, por aqui)nem vazou direito e já vem causando Ansiedade nos fãs da banda. Quem ouviu garante que é o trabalho mais visceral em anos, com sonoridade muito próxima dos primeiros álbums .
Para aguçar o paladar, vai uma prévia da capa (acima) e um vídeo da música (abaixo), até agora conhecida por Disguised ,gravado em Dublin em 30 de Junho 2007.

Algumas curiosidades sobre o REM:

- Primeiro show da banda que se tem notícia: 5 de abril de 1980

- A Banda vem de Athens, mas nem todos nasceram por lá. Stipe e Mills por exemplo.

- Uma das primeiras coisas que Stipe percebeu (e gostou) foi a sobrancelha de Bill Berry. Tanto que fez questão de colocar na capa do Life´s Reach Pegeant"

- Stipe é formado em belas artes.

- Os dois primeiros singles lançados pela banda foram: Radio Free Europe e Sitting Still

- Michael Stipe admite que com o passar dos tempo - a banda foi desacelerando o ritmo. Motivo ? Não confiavam no próprio taco.

- Peter Buck é pai de duas gêmeas e só aprendeu a tocar guitarra aos 21 anos de idade.

- Mike Mills era o "nerd', Um músico por excelência. Era amigo de infância de Bill Berry.

- A banda só deu conta de que estavam "realmente" fazendo música qdo escutaram pela primeira vez "Perfect Circle".

- Dia 28 de abril é o dia mundial do REM numa pequena cidade dos EUA. Foram condecorados devido a um show que marcou por lá.

- REM não participa de nenhum evento que tenha patrocínios de empresas não ecologicamente corretas...Vide cigarro, agressão ao meio ambiente, matadouros e etc...

- Esse é um dos motivos nas quais a banda nunca veio para um "Hollywood" Rock ou "Free" Jazz.

- A banda tocou certa vez num cubículo e só avisou aos amigos. O nome dado na entrada era: Hoje show com "Bingo Hand Job"

Obs: O show foi de graça e teve gente se matando quando soube que o REM tocara ali tão perto e não fôra.

- Certa vez, Kurt Cobain (de quem Michael era muito amigo) admitira que o sonho dele era gravar um álbum que estivesse à altura de um "REM"

- Tanto foi que a música "Let me in" (monster) é dedicada e sobre a morte de Kurt. A guuitarra tocada tanto no estúdio como no show era de Kurt. Sua viúva, Courtney Love, deu para a banda. E quem toca é o Mike Mills (baixista)

- O ex-baterista Bill Berry teve um ataque de aneurisma em pleno show. Isso assustou a banda. Algum tempo depois o baterista sairia da banda alegando cansaço e desânimo. A banda nunca o substituira. Sempre contrata os bateristas.

- Michael foi submetido a uma cirurgia de hérnia de disco na mesma época do incidente com Bill Berry.

- Stipe é dono de uma produtora de cinema. Desta saíram filmes como "Quero ser John Malkovich" e "Velvet Goldmine".

- Peter Buck e Mike Mills têm uma banda paralela chamada "Hindu Love Gods"

- O álbum Life´s Reach Pegeant foi considerado por Robert Plant (Led Zeppelin) um dos maiores discos feitos.

- O título do disco "murmur" é esse, pois Michael afirmara que a palavra (murmur) é uma das poucas no mundo que varia quase nada a pronúncia em diversos idiomas

- A banda quase se separou em 85 - em meio ao Fables Of Reconstruction - devido a turbulências entre os integrantes. Em tempo: o álbum foi gravado em Londres.

- Um dos maiores fãs (famosos) da banda é o cineasta Win Wenders.

- Lançado em 83, Murmur foi aclamado como melhor álbum pela crítica. Batendo U2 e Michael Jackson. O que não era pouco se considerarmos que a banda era independente.

- Mike Mills já havia estado no nosso país umas duas vezes. Em São Paulo.
Resolvendo pendências com a Warner daqui. Isso bem antes de 2001. Ano do show.

- Michael conheceu Peter numa loja de discos. Peter, um colecionador (dizem que tem mais de 8.000 vinis) nato trabalhava na tal loja.

- Juntamente com o Sonic Youth, REM foi a banda responsável pela abertura de toda cena independente nos EUA. As famosas "college radios". Todo universitário americano da década de 80 adorava a banda.

-As duas bandas (Sonic Youth & REM) são co-irmãs. Por diversas vezes o baterista do SY tocou no lugar de Bill Berry após a saída desse.

- O álbum "Automatic for the People" foi produzido por John Paul Jones (somente o ex-baixista do Led Zeppelin)

- Mike Mills participou ativamente de uma trilha sonora para um filme que foi cancelado.Depois disso falou que "queria que Hollywood se F****** !!!!

- Morrisey num show em meados dos anos 90 - cantou uma canção do REM. Disse que a banda era ótima e Stipe um cara cool.

- REM, no começo, tocava muito punk. As covers geralmente eram Sex Pistols, Buzzcocks e MC5.

- Stipe considera o disco "Entertainment" (Gang o Four) - um dos maiores clássicos de sua vida. Tanto que no vinil original, fez questão de deixar um depoimento à banda.

- A banda apoiou Clinton nas eleições. E é uma das principais opositora de Bush. (tanto pai como o filho)

- O erro da grafia do "Green" - um 4 em cima do "R" foi sem querer, mas Stipe achou maravilhoso. Pediu para que deixasse.

- Velvet Underground foi a banda que mais covers - foram executadas pela banda. Uma de suas maiores influências.

Agora, o vídeo:



Fonte das Informações: comunidade

REM Brasil


no Orkut.
Special Thanks to: Léo Rocha

No ,Thanks !


Esse mês de Janeiro fiz uma espécie de imersão involuntária no Punk Rock, primeiramente , reli Kill me Please (Mate-me por favor, na edição nacional) e logo depois, me caiu em mãos a coletânea No Thanks! The 70's Punk Rebellion . O livro, escrito por Larry "Legs" McNeil e Gilliam McCain, foi lançado no Brasil em 2004 e
apresenta uma série de entrevistas, em seqüencia cronológica, que recriam todo um painel, da gênese do punk rock à criação da estética visual do movimento, recheado de boas histórias , foi relançado pela L & PM Pocket, em 2005 dividido em duas partes, como livros de bolso facilmente encontráveis em qualquer boa livraria.
Deveria ter funcionado como leitura de verão , acompanhada de uma espetacular trilha sonora , pois a coletânea (cujos links disponibilizo abaixo), cobre de forma precisa e ampla tudo o que melhor foi produzido na época ,estendendo este painel e permitindo uma compreensão musical muito mais rica e elaborada da música que de alguma forma esta relacionada ao movimento,antes , durante e depois de sua concepção, no entanto, terminou sendo mais que isso.
Para mim, num primeiro momento, a definição de movimento Punk se resumia a músicas rápidas, de três acordes básicos com uma letra contundente e uma atitude idiossincrática e marcado por um visual agressivo que em um dado momento, passou a ter mais importância do que a musica,talvez pela limitação imposta pelos tais 3 acordes, que aparentemente engessavam uma criatividade agressiva e crua, vista poucas vezes desde que o termo Rock'n'Roll fora criado.
Essa musicalidade crua contrastava radicalmente com o rock progressivo produzido na época, pretensioso e difícil para não iniciados.
Paralemente, havia o Glam Rock, representado principalmente por Bowie, Roxy Music, T-Rex e New York Dolls e também as grandes bandas, envolvidas em turnês tão milionárias quanto espetaculosas como The Who, Led Zeppelin, Queen,e havia ainda a soma de tudo isso , com apelo adolescente, o KISS.
Porém a parte dos jovens que não se identificava com aquela sonoridade pomposa e inacessível passou a prestar atenção ao trio guitarra, baixo e bateria quando começou a pipocar aqui e ali umas bandas formadas por garotos da periferia , com visual sujo e canções curtas e diretas.
Se o livro inicia a viagem pela Nova York dos anos 60, através da concepção do Velvet Undergroud, a coletânea inicia por Ramones, em um outro extremo, na mesma Nova York, agora nos anos 70, no CBGB, o grande templo do Punk enquanto música.
Dou um salto no tempo, estamos em 2008, o CBGB's já não existe mais e as manifestações musico-culturais mais radicais desta década ainda estão vinculadas às periferias pobres, no entanto num contexto mais violento, individualista e com inevitável apelo racial, tanto faz se através do Funk carioca ou do Miami Bass, do R&B, do Rap ,a temática é semelhante e invariável, sem conotação política , como uma risível alegoria de uma sociedade entregue a ímpetos consumistas e (ou) hedonistas.
- Não que o Punk fosse um movimento casto, longe disso, porém a tensão sexual e repressiva se manifestava pelos seus acordes e pela postura agressiva -
Essa periferia mítica produzida pelos meios de comunicação nos dias atuais é ao mesmo tempo folclórica e assustadora, a agressividade está presente numa tensão social constante, onde garotos brancos empunhando guitarras não tem vez.
Nesse panorama atual ,onde a presidência daquele que foi o maior império econômico do século passado provavelmente será disputada por uma mulher e um negro dentro de uma sociedade esfacelada e sufocada por escândalos e perdas financeiras, o discurso igualitário e quase socialista de facções mais radicais e políticas do Punk soariam ingênuos,como pensei que seria minha leitura de verão.
Não foi, pode ter sido um resgate simbólico e pungente ou ainda uma antecipação nostálgica do buraco onde estamos nos metendo, porém foi mais ruidoso e principalmente, sincero.

VA - No Thanks! The 70's Punk Rebellion CD 1
1. Ramones - Blitzkrieg Bop
2. The Clash - White Riot
3. Nick Lowe - Heart of the City
4. Buzzcocks featuring Howard Devoto - Boredom
5. The Saints - (I'm) Stranded
6. The Damned - Neat, Neat, Neat
7. The Jam - In the City
8. Pere Ubu - Final Solution
9. The Modern Lovers - Roadrunner
10. Television - Little Johnny Jewel
11. The Adverts - One Chord Wonders
12. The Heartbreakers - Born to Lose
13. Iggy & The Stooges - Search and Destroy
14. Mink Deville - Let Me Dream If I Want To (Amphetamine Blues) [Live]
15. X-Ray Spex - Oh Bondage Up Yours!
16. Wire - 12XU
17. Richard Hell & The Voidoids - Blank Generation
18. The Stranglers - (Get A) Grip (On Yourself)
19. The Runaways - Cherry Bomb
20. New York Dolls - Personality Crisis
21. Eddie & The Hot Rods - Teenage Depression
22. The Dictators - Two Tub Man
23. Patti Smith - Hey Joe [Version]
24. Generation X - Your Generation

CD1



VA - No Thanks! The 70's Punk Rebellion CD 2
1. Iggy Pop - Lust For Life
2. The Adverts - Gary Gilmore's Eyes
3. Ultravox! - Saturday Night In The City Of The Dead
4. Buzzcocks - What Do I Get?
5. Blondie - X Offender
6. The Boomtown Rats - Lookin' After No. 1
7. Penetration - Don't Dictate
8. The Fall - Bingo Masters Breakout
9. Patti Smith - Free Money
10. The Jam - The Modern World
11. The Heartbreakers - Chinese Rocks
12. The Damned - New Rose
13. Subway Sect - Ambition
14. Television - See No Evil
15. Stiff Little Fingers - Suspect Device
16. Wire - Mannequin
17. The Vibrators - Baby Baby
18. Richard Hell & The Voidoids
19. The Boys - First Time
20. Dead Boys - Sonic Reducer
21. Magazine - Shot By Both Sides
22. Elvis Costello - Mystery Dance
23. New York Dolls - Trash
24. X-Ray Spex - The Day the World Turned Day-Glo
25. Eddie & The Hot Rods - Do Anything You Wanna Do

CD2




VA - No Thanks! The 70's Punk Rebellion CD 3


1. Generation X - Ready Steady Go
2. The Undertones - Teenage Kicks
3. Ian Dury - Sex & Drugs & Rock & Roll
4. Buzzcocks - Ever Fallen In Love?
5. Suicide - Rocket U.S.A.
6. Devo - Mongoloid
7. 999 - Homicide
8. The Dils - Mr. Big
9. Joy Division - Warsaw
10. The Mekons - Where Were You?
11. The Germs - Lexicon Devil
12. The Rezillos - (My Baby Does) Good Sculptures
13. The Pretenders - The Wait
14. The Weirdos - We Got The Neutron Bomb
15. The Modern Lovers - Pablo Picasso
16. Alternative TV - Action Time Vision
17. Tom Robinson Band - 2-4-6-8 Motorway
18. The Avengers - We Are The One
19. Sham 69 - Borstal Breakout
20. Black Flag - Wasted
21. Ramones - Sheena Is A Punk Rocker
22. Fear - I Love Livin In The City
23. The Boomtown Rats - She's So Modern
24. Rich Kids - Ghosts Of Princes In Towers
25. X - We're Desperate
26. The Dickies - You Drive Me Ape (You Big Gorilla)
27. The Motors - Dancing The Night Away

CD3 Part 1


CD3 Part 2




VA - No Thanks! The 70's Punk Rebellion CD 4


1. Siouxsie & The Banshees - Hong Kong Garden
2. Blondie - Hanging On The Telephone
3. The Rezillos - Top Of The Pops
4. X - Adult Books
5. The Members - The Sound Of The Suburbs
6. Dead Kennedys - California Über Alles
7. The Only Ones - Another Girl, Another Planet
8. The Soft Boys - (I Want to Be An) Anglepoise Lamp
9. Elvis Costello & The Attractions - Radio, Radio
10. The Slits - Typical Girls
11. The Cramps - Human Fly
12. Talking Heads - Psycho Killer
13. The Ruts - Babylon's Burning
14. Sham 69 - If The Kids Are United
15. Stiff Little Fingers - Alternative Ulster
16. The Cure - Boys Don't Cry
17. The Pop Group - She Is Beyond Good And Evil
18. Joe Jackson - Is She Really Going Out With Him?
19. The Undertones - Get Over You
20. Gang Of Four - Love Like Anthrax
21. The Stranglers - Peaches
22. Skids - Into The Valley
23. Johnny Thunders - You Can't Put Your Arms Round A Memory
24. Joy Division - Love Will Tear Us Apart

CD4 Part1


CD4 Part2



Specia Thanks to Eddie, da Comunidade RCD , por ter disponibilizado os links para Dowload.