Control


O Ano era 1987, andava descobrindo muitas coisas, musicalmente falando, o ambiente naquela década era propício e fértil, o país havia entrado na rota dos grandes shows, pelo menos nas grandes capitais, haviam tribos se sedimetando, heavies, darks, new wavies... as radios tocavam boa musica, enfim, era uma festa para os ouvidos e olhos de um curioso garoto de 12 anos.

Dentre estas descobertas, certo dia me caiu nas mãos um disco chamado Substance, de uma banda chamada Joy Division, fui logo informado que tratava-se de uma encarnação anterior de uma outra banda que ouvia bastante naqueles tempos, New Order.

Fui também advertido que o som não tinha a menor semelhança com a encarnação posterior e que o vocalista, um tal Ian Curtis, havia cometido suicídio, aos 23 anos , e que a sonoridade da banda refletia muito um estado de espírito melancólico, atormentado e soturno.

Os acordes de Transmission definitivamente tomaram conta de mim, aquela linha de baixo ficara impregnada no meu cerébro, descobri a discografia da banda, colecionei os vinís, depois os Cds, conheci gandes amigos, muitos dos quais mantenho até hoje, por afinidade musical e o Joy Division definitavemente ficou como um ponto de convergência ,um ícone da minha adolescência.

Tenho acompanhado com muito entusiasmo tudo o que antecede o lançamento de Control, filme baseado na biografia de Ian Curtis ,chamada Touching from a distance escrito por sua viúva, Deborah Curtis e dirigido por um dos mais emblemáticos diretores de Clips dos anos 80/90, Anton Corbjin, com lançamento previsto para 26 de Setembro na Europa e ainda sem previsão de lançamento no Brasil. Aquele garoto de 12 anos que ficava horas a fio se ambientando com aquela realidade distante porém familiar, contextualizando a atmosfera daquela Inglaterra industrial e abrindo os olhos e a cabeça para uma cultura musical e literária mais complexa e menos tropical, esse garoto tem sentido falta de seus Herois!
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