Manu Chao - La Radiolina


O Messias dos imigrantes ilegais está de volta em album inédito...peralá...inédito?

La Radiolina segue a risca a cartilha dos albuns anteriores de Manu Chao, Clandestino (1998) , Próxima Estacion: Esperanza (2001) e Siberie M'etait Conteee (2005), músicas em Espanhol, Francês, Português e Inglês com temática pouco variada, basicamente sobre o dia a dia de mochileiros, imigrantes, expatriados e afins. Se não acrescenta nada também não decepciona quem aprecia a mistura.

Na verdade, Manu Chao descobriu um grande filão ,uma imensa fatia de mercado, estima-se que somente nos EUA haja algo em torno de 8 a 11 milhões de imigrantes ilegais, desse montante, a imensa maioria provém de paises latino americanos, vizinhos ou não.

A Imigração é endêmica e sistemática em todo mundo, até alguns países europeus que cínicamente não impunham barreiras a imigração de forma dura, como a França ,a Itália e a Inglaterra, pois dependem desta mão de obra barata para manter sua rede básica de serviços, anda criando barreiras cada vez mais restritivas para aceitação de visitantes /Imigrantes, como a Inglaterra que está em vias de implantar um visto especial para estudantes que intencionem trabalhar meio período, na tentativa de inviabilizar legalmente aqueles que entram com a desculpa de estudar para imigrarem, uma vez que está cada vez mais raro se encontrar um Londrino em Londres.
Manu Chao é Europeu, Francês, fez parte de uma renomada banda, Mano Negra, com alguma repercussão internacional nos anos 80 e 90, conhece o mercado, sua temática ,e o potencial desse público de imigrantes, Latino-americanos ou não, em encontrar alguém que fale para ELES, sobre ELES, daí vem seu sucesso, ao acrescentar a essa mistura elementos musicalmente certeiros, de fácil assimilação, como Ska, Reggae e Ritmos caribenhos, uma pitada de Rock, alguma ciataçao política e demagogia simplista.

O Novo trabalho não é ruim, mas é repetitivo, muita gente vai adorar, vai fazer muito sucesso nas praias da moda, embalar muitas rodas fumegantes e tocar muito nos bares descolados.

Mas, assim como a imigração ilegal e suas leis ,mais ou menos rígidas dependendo da necessidade das cadeias de serviço de cada país, vai repercutir pouco.

E, particularmente, eu nao aguento mais ovir a voz fanha de Mano Chao proferindo a sentença "Infinita Tristeza"

1 comentários:

  Anônimo

10:10 PM

Nossa cara suas críticas estão melhores do que as de Diogo Mainardi, lógico q é em relação as músicas... a mídia está te perdendo... parece até q estou vendo vc comentando isto aqui na minha frente!!!
Patrícia