Icicle Works

Mais uma da série Resgates históricos!

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Desta vez eu estava ouvindo outra dessas rádios on line e topei com o Icicle Works, banda tão bacaninha quanto esquecidinha dos distantes anos 80, quando um colega de trabalho me perguntou de quem se tratava e  quando respondi que era uma banda sumida daquele período ele retrucou com uma risadinha irônica

– A Década que o bom gosto esqueceu –

Apesar desta  ser uma idéia difundida pela mídia Hype-Cretina, essa afirmação tem um caratér tão relativo que eu nem vou perder tempo com ele agora, vou simplesmente apresentar a banda para vcs, e no final a gente chega a algumas conclusões.

A banda, cujo nome foi inspirado no livro de contos "The Day the Icicle Works Closed" do autor Frederick Pohl, lançado em 1960,foi formada em 1980 pelo cantor e guitarrista (e tecladista) Ian Mcnabb ,pelo baterista Chris Sharrock,(ambos  já haviam tocado juntos em bandas como City Lights e Cherry Boys), e pelo baixista Chris Layhe. Com esta formação, gravaram uma fita demo com seis canções que foi apresentada a gravadora Probe Records , de Liverpool que Em 82 lançou o primeiro single da banda, chamado Nirvana (a música, não a banda), que alcançou o 15° lugar na parada britânica. A repercussão do single  os levou a assinar com o selo Situation 2, subsidiário da gravadora britânica Beggars Banquet.

Em 84, alcançaram grande exito comercial, inclusive nos EUA com a música  "Whisper to a Scream (Birds Fly).", incluída no primeiro albúm, auto intitulado Icicle Works. A banda , constantemente identificada com conteporâneos como  Echo & the Bunnymen, Teardrop Explodes e demais representantes do Pós Punk Britânico, teve uma carreira relativamente longa, porém irregular,  em que se destacava as composições apaixonadas de Mcnaab.

Lançaram os albuns  The Small Price of a Bicycle (1985),  Understanding Jane (1986), Seven Singles DeepIf You Want to Defeat Your Enemy Sing His Song (1987) e Blind (1988), onde após as gravações deste , Chris Sharrock deixou a banda para formar outra grande banda , The Lightining Seeds. A banda prosseguiu com Mcnabb e Layhe, contando a partir daí com o baterista Zak Starkey, filho de Ringo Starr, porém, apesar do apoio dos fãs, a banda terminou durante a década de 90 sem conseguir repetir os êxitos do promissor início de carreira.

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A década de 80, talvez mais que nenhuma outra, é repleta de histórias de bandas que em algum momento alcançaram alguma repercussão e se tornaram promessas que nunca foram cumpridas.

Foi a era onde o videoclipe como o conhecemos  inaugurou uma nova linguagem e muitos excessos foram cometidos em nome desse novo modelo de propaganda musical. Os piores excessos foram visuais, onde cada banda para delimitar território, tinha que aparentar ser mais excentrica que a concorrente, isso tudo tinha um reflexo direto na moda urbana, em um conceito que ficou conhecido na década seguinte como Hype.

A afirmação de meu colega de trabalho procede se vista por esse lado da questão, mas existe um outro aspecto que deve ser levado em conta, o conceito da temporalidade, que determina que tudo o que for moda hoje será cafona amanhã e um dia depois será considerado revival.

Musiquinha do Icicle works para acompanhar a leitura:

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