Já começaram a pipocar aqui e ali as famigeradas listas de Fim de ano, em todas elas algumas figurinhas carimbadas irão bater ponto, como por exemplo, o evento cinematográfico do ano: Tropa de Elite.
Em outras, para se diferenciar do previsível, surgirá alguma banda ou filme que você não ouviu falar nem no blog do seu amigo mais antenado.
Listas, como já citei em outro tópico, são invenção Britânica para encher lingüiça nos tablóides, que se alastraram feito praga mundo afora , por sua capacidade de sintetizar uma idéia comum ou de criar polêmica.
O fato é que a polêmica causada pelas listas é exatamente o que mantém o interesse nelas, a divergência de opiniões e um foco de vista pessoal ou editorial é o combustível que alimenta essa pequena (ou grande, dependendo do objeto a ser
listado) manifestação de maniqueísmo midiático.
A Lista dos 10 discos do ano, dos 10 Filmes, dos 10 escândalos, toda publicação que se preze, da mais renomada a mais medíocre fará sua seleçãozinha de acordo com os seus critérios de bom e ruim ,e esses, diga-se de passagem , são tão subjetivos quanto o conceito de bom gosto, varia de acordo com o interesse de cada grupo.
A década de 90 assistiu uma dissociação nunca antes vista em termos musicais no tocante a estilos, enquanto nas décadas anteriores os limites de um estilo eram bem definidos,o que era Country era Country, o que era Hard Rock era Hard Rock e o que era eletrônica era eletrônica, a partir daquela década passou-se a agregar denominações distintas a um mesmo estilo baseando-se, mais uma vez, em subjetivismos e limites tão tênues quanto a quantidade de BPM (Batidas por Minuto) de uma música.
Surgiram termos como Low Fi, Nu Metal, Ragga, Ambient, Techno entre outros e estes se subdividiram em uma centena e meia de subcategorias que tornaram impraticável listar um desses subgêneros sem o risco de invadir a seara de uma sub sub categoria antagônica.
Por esse motivo as listas hoje parecem grandes balaios de gatos , sem um objetivo claro, exceto listar o que se convém, o que participa da linha editorial de quem publica, e , nesses casos, esvaziada a polêmica – o combustível das listas- pela empatia do público, perde-se a essência do recurso.
Tentei quebrar a cabeça e elaborar alguma listinha, por menos representativa que fosse, baseada na conceituação inicial, mas o máximo que consegui foi relacionar um outro fato desconexo que me chamou atenção durante o ano, de qualquer forma, segue abaixo:
Evento Pirotécnico do ano:
O Apagâo aéreo
Personalidade do Ano
Ângelo de Jesus, lavrador de Pindobaçu que tentou invadir o senado pra falar com Lula
Disco do ano
Ate agora, In rainbows- Radiohead, menos pelas músicas, mais pela inovação.
Filme do Ano
Control
Celebridade do Ano
Amy Winehouse
Melhor apresentação
Britney Spears, no VMA (pelo menos, a mais engraçada)
Melhor Retorno de banda
My Bloody Valentine
Programa de TV
Por Toda minha vida, sobre Renato Russo (bem feitinho)
Tropa de Elite do Ano (Sim ,isso já é uma categoria)
O Recolhimento da biografia de Roberto Carlos
Show do Ano (No Brasil)
New Model Army (Tô devendo um post sobre eles)
2 comentários:
5:25 PM
caraca, eu tava pensando nesse lance de listinhas de fim de ano e até em colocar alguma coisa lá no meu espaço imperfeito (e quinzenal do jornal), aí venho aqui na sua toca e leio esse texto, absolutamente massa, com essa lista surreal, que agora eu tô com "meda" de fazer a minha. a sua tá ótima. KKKKK.
um abraço apertado de saudades, Sheylinha
1:45 PM
Alê,
Tu era para ser jornalista, ou webdesigner, ou coisa parecida!
Gostei!!! Ri um bocado!!!!
Abração e Feliz Natal!!!
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