Dispatch – Bang Bang


Em meados de 2003 andava meio desencantado com a cena musical independente daqueles primeiros anos do novo século, não havia uma revista especializada, A Bizz, à época, tinha encerrado as atividades, sobrava a revista MTV, mas achava ela meio boba e pop (No mau sentido) demais.
Navegando por algum site de música, num dia tedioso qualquer, alguém indicava uma música chamada The General, de um grupo...vá lá..Indie, norte americano, chamado Dispatch.
Baixei uns sons pelo kazaa -Quando ainda havia utilidade no Kazaa que não baixar vírus- e realmente gostei do que ouvi.
A Música, uma balada sobre um general em crise existencial ,supostamente "Perdoando" sua tropa por serem servis e obedientes me tocou, talvez pela pressão que sofria na época no trampo (as vezes algumas músicas casam perfeitamente com determinados momentos cruciais em nossas vidas)
Fiquei instigado e iniciei uma empreitada para descobrir mais sobre aquela banda. Era o velho clichê Indie, banda formada por universitários, conhecida no circuito alternativo, e com um Hit em potencial, a tal The General. Recorri ao Allmusic, à época minha mais confiável fonte musical, e levantei o histórico e a discografia da banda. Formada em Boston em 96, tinha um primeiro disco lançado pela Bomber Recods, Silent Steples, em que esboçavam uma mistura de Folk, ska ,pop (No Bom sentido) Reggae e Funk que convergiria de forma Redonda no segundo Álbum, Bang Bang.
A Princípio, o título tolinho me fazia lembrar, alem de uma referencia óbvia aos velhos filmes de cowboy, a música imortalizada por Nancy Sinatra, tente traçar um paradoxo entre as duas coisas mas dei com os burros n'água. É simplesmente uma das melhores coisas desconhecidas realizadas em território norte americano no fim dos 90's, onde a música parecia violenta e contestadora demais, era um lampejo de "frescor" naquele cenário turbulento e além de tudo,um disco divertido, daqueles que rapidinho vira soundtrack da cerveja com os amigos!
Não vai mudar a vida de ninguém, mas vai tornar seu dia um pouco mais agradável!



E, Por Assim dizer, uma hora tudo acaba!
A Idéia de ciclo, com início, desenvolvimento e fim, é algo que me deixava ansioso, pois sempre que quando o melhor da estória começava, parecia um prenúncio de um encerramento prematuro.
Durante anos tentei manter algum (ou alguns) ciclo em seu vórtice, sem que isso apressasse o fim e nem saísse dali, do meio.
Alguns ciclos constrangedoramente inúteis, outros irritantemente cômodos. Até que percebi um dia que o fim de cada ciclo é sempre ditado pelo desgaste natural,na verdade, uma antecipação do encerramento de alguma coisa significaria a morte figurativa de algo que em sí já estava doente e fadado ao insucesso.
Ocorre que as situações realmente significativas sempre demoraram mais para acontecer, e , quando ocorriam, tornavam-se sólidas, imbatíveis e por vezes, inquestionáveis!
Um casamento, por exemplo, com alguém que se ama, é um ciclo difícil de ser rompido ou antrecipado, talvez por algum motivo de força maior, mas a princípio, não seria algo fadado a um insucesso previsível.
Assim como alguma atividade a que se tem apreço, por gosto, assim como seu hobby favorito.
Nenhuma das situações as quais você realmente dedica o melhor de sí, sua energia extra.
De um ano para cá tenho rompido vários ciclos já naturalmnte desgastados e, inacreditávelmente, sendo lançado em outros que, apesar de presivíveis , são assutadores de tão sólidos.
Para esses, desejo vida eterna!
Saudações do Centauro!